PM agredida no 8 de Janeiro diz à CPMI que manifestantes tentaram roubar arma dela

12/09/2023 10h33 - Atualizado há 1 ano

Cabo Marcela Pinno afirmou que o ataque às sedes dos Três Poderes foi o episódio mais violento no qual ela já atuou

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PM foi arremessada da cúpula do prédio

FOTO: REPRODUÇÃO/TV SENADO

A cabo da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Marcela Pinno disse, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, nesta terça-feira (12), que manifestantes tentaram roubar a arma de fogo dela enquanto a agrediam durante as invasões ao Congresso Nacional. A PM foi arremessada de uma das cúpulas do prédio e caiu de uma altura de aproximadamente três metros. Depois, foi atacada com barras de ferro, chutes e socos.

"Quando eu estava no chão sendo agredida com barra de ferro, chutes e socos, eles tentavam retirar a minha arma. Então com um braço eu defendia o meu rosto e com o outro eu fazia a retenção do meu armamento", narrou a cabo.

A policial teve o capacete a prova de balas amassado pela força dos golpes aplicados contra ela. Marcela afirmou que provavelmente não teria sobrevivido aos ataques caso não estivesse usando o equipamento.

Na avaliação da cabo, a atuação contra os invasores no 8 de Janeiro foi a mais violenta que já participou. "Eles se valeram de materiais do que estavam à disposição. Usavam estacas e bandeiras para atacar, os gradis que foram arrancados, pedras, além dos coquetéis molotov". Marcela afirmou que esteve "do início ao fim, até que o Congresso fosse retomado".

Pela atuação, Marcela foi promovida de soldado para cabo. Ela atua na corporação desde 2019 e faz parte do Batalhão de Choque.

 Bruna Lima, do R7, em Brasília