Pix é realmente instantâneo? Veja dúvidas e respostas
A ferramenta de pagamento imediato, lançada pelo Banco Central em 2020, é um dos métodos mais utilizados em todo o mundo
Nos últimos meses, o Pix bateu vários recordes, e a popularidade dele entre os brasileiros é visível. Em 9 de outubro, o meio de pagamento instantâneo registrou 168 milhões de transações em um único dia.
No ano passado, o Pix foi o meio de pagamento mais utilizado no Brasil. No total, foram 24 bilhões de transações e R$ 10,9 trilhões movimentados. A quantidade é maior que a de operações com cartão de débito, boleto, TED, DOC e cheques somadas.
No entanto, é comum as pessoas terem alguns questionamentos sobre a ferramenta.
O R7 separou dúvidas e respostas sobre a tecnologia lançada pelo BC (Banco Central) em 2020. Confira a seguir:
1 - O que é a chave Pix?
"É como um apelido da sua conta", afirma a autoridade monetária. Quando o remetente faz uma transferência por Pix, ele precisa escolher como o destinatário vai receber o dinheiro.
As opções de chaves são: CPF/CNPJ, email, número de celular ou um número aleatório. Pessoas físicas podem cadastrar até cinco chaves para cada conta, e pessoas jurídicas, até 20.
Ou seja, elas são como o endereço de destino de uma carta enviada pelo correio. Uma pessoa pode ter uma ou duas casas, por exemplo, então ela pode receber a encomenda em várias localizações. Algo semelhante ocorre com as chaves Pix.
2 - A chave vai ser a mesma para a vida toda, igual CPF?
Não. É possível mudar suas chaves ao alterar os dados do cliente na opção "Minhas chaves", no aplicativo do seu banco.
3 - O pagamento/recebimento é realmente instantâneo?
Sim, o depósito cai na hora. Inclusive, o Pix foi o segundo sistema de pagamentos instantâneos mais usado no mundo em 2022. No total, foram 29,2 bilhões de transações; 15% das operações desse tipo em todo o planeta foram realizadas somente no Brasil.
Os dados são da pesquisa feita em parceria entre as empresas especializadas ACI Worldwide e GlobalData.
4 - Existe limite por transação no Pix?
Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências com o Pix. Mas, por questões de segurança, para contas de pessoa física há limites máximos predefinidos à noite, de R$ 1.000. Durante o dia, o BC não estabelece teto. Porém, os bancos podem impor alguma limitação, assim como acontece com a TED. O cliente pode ainda cadastrar contas ou usuários específicos com limite diferenciado.
5 - Se fizer uma transferência errada, posso cancelar?
Para devolver um valor recebido por meio do Pix, basta acessar a transação que você quer cancelar no aplicativo do seu banco e efetuar a devolução (pode ser o valor total ou parcial).
O pagador pode tentar entrar em contato com a pessoa, buscando sua agência ou instituição, para tentar ter seu dinheiro de volta.
Não há normas do BC nem do Conselho Monetário Nacional sobre devolução em caso de engano ou erro do pagador, mas o decreto-lei nº 2.848 do Código Penal, de 1940, fala sobre a apropriação indébita.
Caso a necessidade da devolução seja por fraude, golpe ou falhas técnicas, você pode fazer uma reclamação na sua instituição.
6 - É possível agendar um Pix?
O Pix pode ser agendado para uma determinada data (Pix agendado). O usuário deve ter saldo suficiente na ocasião em que a transação foi agendada. Essa funcionalidade é obrigatória a todos os participantes do Pix.
7 - Se eu não aderir ao Pix, vou poder receber dinheiro transferido dessa forma?
Sim, a pessoa recebe o valor na conta bancária como uma transferência, sem a necessidade de ter chave Pix. Já a pessoa que faz a transferência precisa ser cadastrada.
Johnny Negreiros*, do R7