PF: Abin desviou dinheiro, viaturas, pessoal e sistemas para rede criminosa

19/06/2025 05h34 - Atualizado há 12 dias
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Cinco pessoas foram presas em operação contra "Abin paralela" • 16/07/2013REUTERS/Ueslei Marcelino

Em relatório que veio a público nesta quarta-feira (18) sobre a "Abin paralela", a Polícia Federal (PF) afirma que foram utilizadas viaturas, servidores e sistemas em uma rede criminosa, além do desvio de dinheiro público.

Segundo a PF, o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem desviou recursos da Abin, incluindo orçamento, viaturas e servidores para executar ações clandestinas ilegais.

"Utilizou a estrutura, pessoal (servidores cedidos e da ABIN) e recursos (orçamento, sistemas como First Mile, CINTEPOL, viaturas) da ABIN para fins ilícitos e particulares".

O sigilo do inquérito da Abin Paralela foi retirado hoje pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

De acordo com o STF, a decisão de retirar o sigilo "foi tomada após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial, que resultaram em matérias contraditórias na imprensa."

A PF aponta os seguintes nomes como principais envolvidos:

* Alexandre Ramagem: apontado como líder operacional da estrutura criminosa na ABIN.

* Carlos Bolsonaro: tido como idealizador da estrutura paralela.

* Jair Bolsonaro: apontado como beneficiário direto das operações.

* Diversos policiais federais e servidores da ABIN: envolvidos na execução e blindagem da estrutura.

Maria Clara Matos, da CNN, São Paulo