Pessoas com comorbidades e idosos não podem tomar um Sputnik-V

05/06/2021 13h49 - Atualizado há 3 anos

Grávidas, puérperas e lactantes também não podem receber o imunizante; vacina russa foi autorizada para estados do Nordeste pela Anvisa

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Esteban Collazo

Naiara Camargo

A vacina russa Sputnik-V não pode ser aplicada em idosos, pessoas com comorbidades, gestantes, puérperas e lactantes, de acordo com a lista de requisitos para a importação da vacina.

Adultos, de 18 a 59 anos, estão liberados para tomar a vacina. A eficácia da Sputnik-V é de 91,6% segundo estudo publicado no periódico científico “The Lancet”. O uso da vacina também exige a aplicação de duas doses.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, em caráter excepcional, o uso do imunizante em estados brasileiros do Nordeste. A importação foi autorizada pela força da Lei 14.124 / 2021.

Anteriormente, a Anvisa havia negado a importação e o uso emergencial do imunizante no Brasil por não atender os parâmetros de acordo com os exigidos pela Agência, como insuficiência de dados e documentos que comprovem o êxito da vacina.

Após persistência do consórcio do Nordeste em aquisição dos imunizantes, a Anvisa liberou o uso emergencial com uma série de restrições .

Mato Grosso do Sul (MS), Goiás (GO), Distrito Federal (DF), Maranhão (MA), Mato Grosso (MT), Rondônia (RO) e Tocantins (TO) aguardam que a aprovação também seja liberada para o Consórcio Brasil Central.

Mato Grosso do Sul, através do Consórcio Brasil Central, pode adquirir dois milhões de doses da vacina russa e incluir o imunizante na campanha de vacinação do Estado junto com as vacinas Coronavac-Sinovac-Butantan, AstraZeneca-Oxford-Fiocruz e Pfizer-BioNTech.

De acordo com o governo do Estado de Mato Grosso do Sul, algumas das principais condições para o uso do Sputnik-V são:

Importação somente de vacinas das fábricas inspecionadas pela Anvisa na Rússia (Generium e Pharmstandard UfaVita);

Obrigação de análise lote a lote que compreende a ausência de vírus replicantes e outras características de qualidade;

População deve avisar em até 24 horas caso ocorra reações graves à vacina;

A população deve avisar em até cinco dias caso ocorra reações leves e queixas à vacina;

Todos os lotes a serem cuidados ao Brasil devem vir acompanhados dos laudos de esterilidade microbiológica e

Todos os lotes da vacina devem atender às condições aprovadas pela autoridade sanitária internacional.

O governador do estado de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), visitou uma fábrica de vacinas da União Química, laboratório brasileiro que produz um Sputnik V, em 13 de abril, em uma visita a Brasília com o secretário de estado de Saúde , Geraldo Resende.

A Azambuja confirmou o interesse em adquirir o imunizante. Resende conta em suas redes sociais que ficou impressionado com a velocidade que a empresa fabrica a Sputinik-V.

“Acredito que nós vamos ter condições de mais uma vacina para gente imunizar não só a população brasileira mas também a população do Mato Grosso do Sul”, celebra o secretário estadual de Saúde.

CORREIO DO ESTADO