Pesquisadores da USP comprovam ação do Zika Vírus no cérebro
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade de São Paulo (SP) detectou a morte das células que dão origem ao cérebro após infecção de camundongos e fetos com o vírus da Zika.
Nos camundongos, o vírus foi capaz de atravessar a placentas das fêmeas, infectar os fetos, restringir seu crescimento global e provocar a morte das células dos cérebros.
O resultado ajudaria a comprovar a ligação da infecção com o surto de microcefalia em bebês pelo Brasil.
Os experimentos in vitro evidenciaram os efeitos da infecção pelo Zica brasileiro e africano, comparando os danos dos vírus em três tipos diferentes de células do sistema nervoso, inclusive os chamados minicérebros. Nestes, o vírus brasileiro causou a morte das células nervosas.
Quatro dias após a infecção, o Zica brasileiro causou uma maior que o africano e praticamente extinguiu as células em proliferação.
Os resultados da pesquisa foram publicados nesta quarta (11) pela revista Nature, que relatou o resultado dos experimentos liderados pelos pesquisadores Jean Pierre Schatzmann Peron e Patricia Cristina Baleeiro Beltrão Braga.
Terra