Operação da Polícia Federal cumpre mandados no Mato Grosso do Sul

25/02/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

A Delegacia de Polícia Federal cumpre esta manhã mandados de prisão, busca e apreensão em residências e empresas, em Dourados, de supostos envolvidos com organização suspeita de fraudar o Fisco Federal, mediante exportação ilegal de produtos siderúrgicos nacionais.

Os presos estão chegando em carros da PF, para prestar depoimentos sobre o caso que envolve empresários e outros, também nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Os mandados, em Mato Grosso do Sul, também estão sendo cumpridos em Ponta Porã e Campo Grande.

A operação conjunta da PF, Receita Federal do Brasil e Ministério Público Federal, desarticula organização que, segundo levantamento inicial, efetuou mais de R$ 250 milhões em transações comerciais ilegais.

Segundo a PF, a investigação identificou esquema ilegal de fornecimento de produtos siderúrgicos nacional que saia do País e retornava de forma irregular, sem recolhimento de tributos. Conforme a Federal, a quadrilha utilizava notas emitidas por estabelecimentos comerciais situados em Ponta Porã (MS), que faz fronteira seca com o Paraguai e, após a entrega da mercadoria, os documentos eram cancelados para não deixar rastro.

De acordo com a Polícia Federal, na maioria dos casos, a organização criminosa usava firma de exportação fictícia ou simulada; as mercadorias saiam das indústrias, eram entregues aos destinatários no Paraná e São Paulo e, após emissão de notas fiscais, eram exportadas do Mato Grosso do Sul sem, sequer, chegar a este Estado.

Para concretizar a fraude, seis meses após emissão das notas fiscais, pelas indústrias, empresas comerciais exportadoras que contavam com a participação de servidores públicos, simulavam as exportações apresentando a documentação relativa aos despachos aduaneiros. Os veículos transportadores das mercadorias a serem exportadas não compareciam à unidade da Receita Federal do Brasil para os procedimentos de controle aduaneiro.

A Operação cumpre hoje 12 mandados de prisão temporária, 39 de conduções coercitivas e 35 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e nas empresas supostamente ligadas à organização criminosa, localizadas em Dourados, Ponta Porã, Campo Grande (MS); Cascavel, Chopinzinho, Londrina e Ibiporã (PR); Garuva (SC); São Paulo, Bauru, Rio Preto, São José do Rio Preto, Votuporanga, Limeira, Catanduva e Mogi das Cruzes (SP).

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