ONU diz que é necessário mais cuidado e menos repressão em relação às drogas

14/04/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yuri Fedotov, divulgou durante reunião em Viana, na Áustria, que aproximadamente 200 mil pessoas morrem todos os anos por conta de problemas relacionados com o consumo de drogas.

Fedotov disse que, atualmente, são 27 milhões de toxicodependentes no mundo, ou seja, indivíduos em estado de dependência psicológica ou física por conta do consumo repetitivo de uma substância. Destes, usuários de drogas injetáveis como a heroína somam 12 milhões de pessoas, segundo informações da Agência Brasil.

Ainda durante sua explanação, o diretor defendeu penas e medidas alternativas a delitos como posse de droga para consumo pessoal. Caso contrário, afirmou ele, os usuários podem acabar vulneráveis nas prisões ou recrutados pelo tráfico.

A pena de morte, método ainda utilizado para crimes de narcotráfico em países como Cuba e Indonésia, também foi repelido. A pena de morte não está nem na letra nem no espírito das convenções internacionais.

As falas, alinhadas com os pedidos de ex-presidentes latino-americanos - incluindo Fernando Henrique Cardoso – se fez relevante porque vem antes da sessão especial sobre drogas da Assembleia Geral da ONU, que acontece entre 19 a 21 de abril.

Em seu discurso, Fedotov fez questão de ressaltar que para tentar amenizar os problemas será preciso maior atenção ao diretos humanos e programas capazes de prevenir e reinserir usuários na sociedade.

Para ele, é preciso que os países tenham abordagens equilibradas, enraizadas em quadros acordados em investigação e orientações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

CNM