nvestigação da PF conclui que blitze da PRF impactaram eleições em 2022

31/07/2024 04h35 - Atualizado há 3 mêses

Apuração deve embasar indiciamento do ex-diretor- geral indicado, Silvinei Vasques

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Ex-diretor-geral da PRF está preso preventivamente há quase um ano

Carolina Antunes/PR

A Polícia Federal (PF) reuniu elementos que, segundo investigadores, comprovam atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impactar as eleições de 2022.

O inquérito foi aberto pela PF apura se o foco das operações era atrapalhar eleitores de regiões onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava as pesquisas.

Durante o segundo turno, a PRF realizou mais de 500 operações no transporte de eleitores em diversas estradas do país. As ações foram suspensas após pedido da Justiça Eleitoral.

Um dos elementos que baseiam a conclusão da PF de que houve interferência é um relatório enviado por um Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de um estado do nordeste. O documento teria apontado “discrepante abstenção” em regiões onde as blitze atuaram.

A conclusão, de acordo com fontes ouvidas pela CNN, vai embasar o indiciamento do então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. Aliado do ex-presidente Bolsonaro, ele está preso preventivamente há quase um ano.

A defesa de Vasques, no entanto, questiona as acusações e diz não ter conhecimento da existência de algum eleitor que tenha deixado de votar. Além disso, questiona por que apenas o ex-diretor da PRF foi detido.

“Tecnicamente falando, como ordem ilegal não se cumpre, todos os policiais rodoviários federais que atuaram no nordeste teriam que ser indiciados se a acusação contra Silvinei fosse verdadeira“, argumenta o advogado Eduardo Nostrani Simão.

Débora Bergamasco CNN