Mulheres vivem sete anos a mais que os homens no Brasil, diz IBGE
Atualização da expectativa de vida ao nascer do brasileiro mostra longevidade de 72 anos para homens e de 79 para mulheres
As brasileiras vivem, em média, sete anos a mais que os homens, segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a expectativa de vida ao nascer no Brasil, divulgadas nesta quarta-feira (29). Feito a partir de dados das mortes registradas no país e do Censo Demográfico 2022, o levantamento mostra que a expectativa de vida das mulheres é de 79 anos, e a dos homens, 72.
Além disso, foi verificado um aumento de 2,6 anos na longevidade do brasileiro, que passou de 72,8 anos, em 2021, para 75,5 anos, em 2022. "Espera-se que um recém-nascido no ano de 2022 viva, em média, 75,5 anos, caso este vivencie os níveis de mortalidade, ao longo de sua vida, semelhantes aos que a população apresentou em 2022, em cada idade", diz o estudo.
O mesmo raciocínio pode ser feito para calcular a esperança de vida a partir de qualquer idade (veja tabela abaixo).
As informações colhidas pelo IBGE integram as Tábuas de Mortalidade, que são atualizadas anualmente. Os resultados de 2022 refletem a mortalidade da população brasileira, por idade, em um ano em que ainda se observa um aumento nos óbitos, na comparação com o período anterior à pandemia da Covid-19.
O aumento da expectativa de vida, no entanto, ainda não reverte a redução de 3,4 anos, estimada nos dois primeiros anos da crise sanitária que causou mais de 700 mil mortes no Brasil, desde 12 de março de 2020.
A Covid interrompeu a sequência de aumento da esperança de vida ao nascer apurada entre 2011 e 2019, período em que a estimativa de longevidade mostrada pela Tábua de Mortalidade saltou 2,3%, de 74,5 para 76,2 anos.
Mesmo com uma redução maior, os homens permanecem com uma expectativa de vida menor que a das mulheres, que passou de 76,5 para 79 anos. Com as evoluções, a diferença, que era de 7,4 anos em 2010, caiu para 7 anos.
Os dados sobre mortes usados nesta atualização são provenientes dos registros de óbitos do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, corrigidos por sub-registro. Do Censo, foram utilizadas informações sobre idade e sexo da população.
"Os óbitos ainda não voltaram ao nível da tendência histórica da década anterior, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19, mas já estão diminuindo, e as estimativas de mortalidade sintéticas refletem essa situação", revela o estudo.
Do R7