Mulher que nasceu sem braços se torna piloto de avião: Sempre fui destemida

01/09/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

A primeira coisa que as pessoas notam quando encontram a americana Jessica Cox, 32, é que ela não tem braços - Cox está acostumada com os olhares. Mas quando conhecem a primeira piloto sem braços e faixa preta do mundo, descobrem que a deficiência não define quem ela é.

Cox nasceu sem os membros superiores em um caso que até hoje desafia os médicos por não haver uma causa para sua deficiência. Desde cedo, ela se adaptou à sua condição com a ajuda da família e do esporte. À Marie Claire americana, a piloto, que também trabalha como palestrante motivacional, falou sobre sua rotina e como entrou para a história da aviação.

MC:Ser a primeira pessoa sem braços a pilotar um avião é bastante impressionante.

JC: Se você me perguntasse sobre a obtenção de uma licença de piloto antes de 2005, eu diria que você estava louca. Depois de me formar na faculdade, um piloto de caça me perguntou se queria voar em um monomotor. Sempre tive um medo de estar em um avião, mas aceitei a oportunidade. Fiquei viciada e fiz um comentário sobre me tornar uma piloto. Queria motivar os outros a não deixarem o medo ficar no caminho das oportunidades.

MC: De que exatamente você tinha medo?

JC: Bem, era perder o contato com o solo, não a altura em si. Sempre fui destemida, eu gostava de escalar e olhar para baixo a partir de novas alturas. Mas talvez fosse a falta de controle. Logo aprendi que, se você pode voar um avião com competência, você pode voar com segurança, mesmo se algo acontecer.

MC: Em seu site está escrito: Foram necessários três estados, quatro aviões, dois instrutores de voo e um ano desanimador para encontrar a aeronave certa. Por que demorou tanto tempo até conseguir a licença em 2008?

JC: Não só era um medo emocional, que não me parou, mas era mais um desafio logístico. Aviões não são projetados para serem pilotados com os pés. Eu voei em um Ercoupe, que é o único sem pedais no leme. Ele não é um avião que foi modificado por mim, ele não foi construído para mim. Eventualmente encontrei um Parrish Traweek com o qual treinei, pois possuía seguro que permitia uso por estudantes.

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A Tribuna News

Redação Marie Claire