Mulher é confundida com espiã de facção rival e acaba carbonizada
Segundo a versão do suspeito, Fabrícia pediu um tipo de entorpecente que somente a facção rival vendia, e por isso acreditaram que ela havia sido enviada pelos inimigos
O Cidade Alerta trouxe detalhes do caso de Fabrícia Pires Ramos, de 44 anos, morta após um traficante achar que ela era espiã de uma facção rival, em Aracruz, no Espírito Santo.
Com o veículo da tia, Fabrícia desapareceu. O carro foi encontrado dois dias após o sumiço dela nas mãos de criminosos. Segundo o tenente da PM, Adriano Farias, os indivíduos não acataram a tentativa de abordagem da polícia e fugiram com o veículo.
A dupla se acidentou, saiu do carro e fugiu a pé. Apesar de não serem alcançados, um deles foi reconhecido por ser envolvido com o tráfico de drogas da região. O suspeito era menor de idade e, posteriormente, foi identificado como o autor do homicídio.
Segundo a polícia, após sua captura, o menor confessou de imediato a autoria do homicídio e afirmou que levaria os agentes até o local onde estava o corpo. No local do crime, restou apenas a ossada da vítima que, após levar um tiro na cabeça, teve o corpo carbonizado.
Na versão apresentada pelo adolescente, Fabrícia chegou até o ponto de venda de drogas que ele atua e pediu uma pedra grande de craque. Ele disse que não tinha esse tipo de droga e sabia que essa pedra é comercializada pelo grupo rival, por isso concluiu que ela seria uma espiã dos inimigos.
O suspeito saiu com a mulher do local onde estavam, dizendo que a levaria para comprar a droga. Fabrícia acreditou e seguiu o traficante, mas, em um determinado momento, ele relatou que atirou na cabeça dela. A empresária morreu na hora, o suspeito deixou o local e foi para casa.
“O que nos chocou foi a postura dele, total desapego à vida humana, uma frieza. Ele narrava [o crime] para gente, demonstrando um total desapego, como se não se tratasse de uma vida humana”, relatou o tenente Adriano.
Segundo o delegado André Jaretta, a investigação não descarta a possibilidade de existir mais criminosos envolvidos na execução. Fabrícia não era casada, não tinha filhos, mas teria, segundo a polícia, um vício em drogas. Esse fato teria a conduzido até o autor do crime.
Do R7