Ministério da Justiça lança aplicativo que bloqueia celulares roubados; saiba como usá-lo

20/12/2023 04h22 - Atualizado há 11 mêses

O sistema não substitui o registro de boletim de ocorrência com autoridades policiais; plataforma terá site e aplicativo

Cb image default
TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL — 14.7.2021

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou nesta terça-feira (19) o site e aplicativo Celular Seguro, iniciativa que permitirá o bloqueio de celulares furtados e roubados. Com o novo serviço, as vítimas vão poder bloquear o aparelho, a linha telefônica e os apps bancários em poucos cliques. O site está disponível no endereço celularseguro.mj.gov.br, e o aplicativo vai ao ar nesta quarta-feira (20), nas principais lojas virtuais, totalmente gratuito.

O registro do usuário utiliza a mesma conta do Gov.br, plataforma de acesso a serviços do governo federal. Cada pessoa cadastrada poderá indicar contatos de segurança, que vão poder efetuar os bloqueios se o titular tiver o aparelho roubado ou furtado. O registro dos episódios no sistema não substitui o boletim de ocorrência policial.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), instituições financeiras e entidades privadas são parceiras da ação. A partir desse momento, as empresas telefônicas vão poder bloquear o Imei — código único de cada objeto — do item furtado ou roubado. Até fevereiro, essas firmas também vão conseguir bloquear as linhas.

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 o Brasil registrou um aumento de 16% desse tipo de crime em relação ao ano anterior.

A cerimônia de lançamento teve a condução do secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. O ministro Flávio Dino, recém-aprovado para o Supremo Tribunal Federal (STF), não participou do evento. Cappelli afirmou que o pedido de criação da plataforma partiu de Dino.

Segundo o secretário-executivo, roubos e furtos de celulares são "um dos delitos que mais afligem a população brasileira hoje em dia." Ele caracterizou o sistema como um "botão de emergência", que conseguirá transformar o celular "num pedaço de metal inútil".

"O aparelho celular acabou sendo o maior patrimônio que as pessoas carregam no dia a dia. Não só o aparelho, mas dentro dele, cartão de crédito, dados bancários e dados pessoais. O aparelho celular hoje funciona como um portal onde a pessoa tem toda a sua vida colocada. Vimos a necessidade de tentar intervir nessa realidade. O desafio começou mais ou menos há seis meses, quando o ministro nos colocou esse desafio de tentar encontrar uma solução para esse problema, que hoje é estrutural", afirmou Cappelli.

Uso da plataforma

O sistema permite ao usuário registrar aparelhos celulares diretamente ligados ao CPF e cadastrar pessoas de confiança, que conseguirão fazer avisos de roubo ou furto no nome da vítima. Informações como data, hora, tipo de situação e estado e cidade do episódio serão inseridas.

Será possível cadastrar ocorrências administrativas diretamente na plataforma, com a formação de um protocolo. Depois do registro, o sistema entrará em contato com as instituições para permitir o compartilhamento de dados e o bloqueio dos acessos e dos aparelhos.

Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília