Mictórios inteligentes são instalados a céu aberto nas ruas de Paris
Paris, Cidade Luz. Um dos lugares mais belos e românticos do planeta, a capital francesa é um dos principais destinos turísticos do mundo graças a seus monumentos, sua cultura e sua vida noturna. Mas é claro que há o outro lado da moeda. Batedores de carteira, o célebre mau humor dos locais e a permanente ameaça terrorista sempre aparecem quando avaliamos os prós e contras da metrópole.
Outro aspecto negativo da cidade, contudo, não é tão comum nas conversas de bar sobre as próximas férias. Muitas ruas de Paris fedem a urina, sobretudo no verão. Quem já pegou um trem em alguma estação da metrópole sabe que as esquinas e os muros dos arredores são usados como banheiros a céu aberto, sem a menor cerimônia.
Há anos as autoridade locais tentam combater o problema, que custa milhões de euros aos cofres públicos todos os anos. Agora, eles apostam em uma solução ecologicamente correta e, digamos, mais alinhada com o espírito de porco que toma conta dos chamados “pipis sauvages” (“xixis selvagens”).
Trata-se do Uritrottoir, uma grande caixa com uma abertura frontal estratégica e um pequeno jardim no topo. Para usá-la, o sujeito necessitado só precisa estar suficientemente lúcido para não errar a mira. A urina é recolhida em um recipiente com materiais orgânicos capazes de absorver o líquido, como serragem e lascas de madeira. Depois de alguns dias, a caixa é esvaziada e o seu conteúdo é transformado em um composto fertilizante.
O equipamento está sendo testado nas cercanias da Gare de Lyon, uma das principais estações de trem de Paris, e em algumas ruas da cidade de Nantes. Cada Uritrottoir custa cerca de 3.000 euros e tem capacidade para absorver os dejetos de 600 mijões, considerando-se uma média de 450 mililitros a cada aliviada.
Ig