Mesmo após acordo, protestos continuam em 22 estados e no DF

28/05/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Mesmo após o governo anunciar medidas e sindicatos recomendarem o fim da paralisação, caminhoneiros seguem bloqueando rodovias pelo país. Na manhã desta segunda-feira (22), as manifestações ocorriam em ao menos 22 estados e no Distrito Federal.

Como apurado pelo O Globo, os locais afetados pelas manifestações da categoria são Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.

José da Fonseca Lopes, presidente de uma das principais lideranças do movimento, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), disse que está fazendo apelos à categoria pelo WhatsApp para que todos liberem as rodovias e retomem as atividades. Segundo Lopes, há caminhoneiros que ainda não estão informados sobre o novo acordo fechado entre os líderes do movimento e o governo nesse domingo (27).

São Paulo

Manifestantes fizeram um bloqueio com fogo, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (28), na altura do Km 29 da Rodovia Raposo Tavares, em Cotia, na Grande São Paulo, impedindo a passagem dos motoristas que seguiam para a capital. No sentido oposto, o trânsito seguiu sem qualquer impedimento.

Segundo a TV Globo, dois trechos da Rodovia Presidente Dutra foram liberados na manhã de hoje por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um dos trechos ficava na altura de Bonsucesso, em Guarulhos, e o outro ficava perto da Rodovia Fernão Dias.

Caminhoneiros também bloqueiam os acessos ao Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Segundo o G1, com informações da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), não há barreiras que impeçam o acesso terrestre ao cais do Porto de Santos, apesar de aglomeração de caminhoneiros.

Rio de Janeiro

No Rio, as rodovias Presidente Dutra e Washington Luiz registram protesto, segundo O Globo. Na Washington Luiz fica a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), de onde saem carretas com combustível.

Na Dutra, na altura do Km 204, em Seropédica, na Região Metropolitana, caminhões continuam no acostamento e também concentrados num posto de gasolina. As pistas não estão bloqueadas.

Rio Grande do Sul

Manifestantes se concentram em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, nesta segunda-feira (28), de acordo com o G1. A polícia fez um bloquei na BR-116 para evitar a chegada de mais caminhoneiros à refinaria.

14 viaturas das Forças Armadas foram deslocadas para a Refap para fazer a escolta de oito caminhões que vão para o Aeroporto Internacional Salgado Filho. Segundo a TV Globo, há abastecimento de veículos das forças de segurança e unidades de emergência.

Distrito Federal

Policiais militares estão em frente ao Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde ficam distribuidoras de combustível. Até às 6h45 de hoje, sete caminhões-tanque haviam deixado o local com escolta.

Pernambuco

Caminhoneiros continuam no acostamento da BR-101, na altura de Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife.

Mato Grosso

A PRF informou que há ao menos 30 pontos com manifestações em rodovias federais no estado, mas não informou o local específico de cada uma delas. Além das vias federais, há registros de protesto e aglomeração de caminhoneiros na MT-480 e MT-358, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.

Paraná

Há manifestações em cinco pontos da BR-116, sendo dois em Curitiba e um em Fazenda Rio Grande, Mandirituba e Campo do Tenente, segundo a Folha de S. Paulo. Uma faixa de cada sentido chegou a ser interditada em frente à Ceasa de Curitiba. Segundo a PRF, equipes negociaram a liberação parcial da rodovia, que foi bloqueada totalmente por alguns instantes.

A Sindicombustíveis-PR informou que os bloqueios na refinaria de Araucária e nas bases de distribuição foram mantidos até a manhã desta segunda (28). Poucos caminhões-tanque conseguiram circular, com a ajuda de escolta policial.