Menos de 6% dos cursos avaliados pelo Enade alcançaram a nota máxima
Menos de seis por cento dos cursos avaliados pelo Ministério da Educação alcançaram a nota máxima, no ensino superior.
O Enade, Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, de 2017, avaliou quase meio milhão de concluintes em todo o país.
Desta vez, os mais de dez mil cursos avaliados foram aqueles de licenciatura – para a formação de professores –, os cursos de ciências exatas, como Ciências da Computação, Engenharias e Sistema de Informação; além dos cursos de tecnologia.
Além dos que alcançaram a nota CINCO, numa escala que vai de UM a CINCO, 22% alcançaram a nota quatro no Enade, ambas consideradas muito boas.
A média TRÊS foi em cerca de quarenta por cento do total, a maior parte. Os piores desempenhos foram em 28% com a pontuação DOIS, e 5% com a nota UM.
A avaliação dos cursos presenciais também mostra que os concluintes desta modalidade foram 6,1% a chegar no conceito MÁXIMO.
Entre os cursos à distância, apenas 2,4% chegaram nesse patamar. Para o ministro da educação, Rossieli Soares, o ensino à distância precisa ser acompanhado, na questão da qualidade, mas é importante para a inclusão social.
O bom desempenho foi observado, também, entre as universidades federais, as que mais tiveram cursos com a pontuação máxima, seguidas das estaduais. O ministro atribui o bom desempenho das públicas a mais de um fator.
Outro ponto importante avaliado foi o IDD, Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado. O índice compara o desempenho dos concluintes no ensino superior com o desempenho deles no Enem, Exame Nacional do Ensino Médio. Assim, o MEC consegue ter uma noção do quanto o curso superior agregou conhecimento ao estudante.
Menos de cinco por cento dos cursos conseguiram agregar o máximo de conhecimento aos concluintes. Quase 60% agregaram valor satisfatório e menos de 4% agregaram valor muito baixo.
Em relação ao perfil dos concluintes avaliados em 2017, mais da metade era de pessoas brancas. As pretas não chegaram a dez por cento. Pardas correspondiam a 33 por cento do total de avaliados.
Entre os que não possuíam nenhuma renda para se manter no ensino superior, 22 por cento eram beneficiários do Fies, Financiamento Estudantil, ou do Prouni, o Programa Universidade Para Todos.
Por Sayonara Moreno - Empresa Brasil de Comunicação S/A - EBC