O corpo de Kerollyn Souza Ferreira, 9 anos, foi encontrado em um contêiner de lixo em Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre (RS), na manhã da última sexta-feira (9).

O corpo foi descoberto por um reciclador, que acionou a Brigada Militar e a escola local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado ao local e constatou o óbito da menina.

A perícia foi acionada, mas não encontrou sinais aparentes de violência no corpo, o que levou a polícia a suspeitar que a causa da morte possa estar relacionada à ingestão de algum tipo de substância.

Segundo a Polícia Civil, a garota vivia em condições de negligência, sendo relatado que frequentemente dormia em um carro abandonado perto de sua casa e escola.

Testemunhas, incluindo professores, relataram que a mãe de Kerollyn, que já está presa temporariamente, demonstrava sinais de descaso e até filmava a criança, chamando-a de “endiabrada”.

O delegado Fernando Sodré, responsável pelo caso, informou que a prisão temporária da mãe, decretada pelo prazo de 30 dias, foi baseada em elementos que indicam possíveis maus-tratos e tortura.

Uma das hipóteses apontadas pelo delegado é de que a morte tenha ocorrido por medicamento ou droga, com uma dosagem excessiva. Isso será confirmado pelo exame pericial.

Os fatos resultaram no requerimento do Ministério Público pela prisão por homicídio qualificado.

As investigações continuam para determinar a causa exata da morte e a eventual responsabilidade da mãe. A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas, analisando câmeras de segurança e apurando o histórico da família.

Thomaz Coelho, Rafael Villarroel, Julia Farias e Victor Locateli da CNN* em São Paulo

* Sob supervisão