Mãe e filhos brasileiros chegaram no Líbano 45 dias antes de bombardeio
Mulher de 30 anos, naturalizada brasileira, e quatros filhos -- de 13, 10, 9 e 7 anos -- moravam em Marília, no interior paulista, antes de decidir retornar ao Líbano
A família brasileira vítima de um bombardeio no sul do Líbano no último sábado (1⁰) chegou ao país há cerca de um mês e meio, relatou à CNN um parente que está acompanhando mãe e filhos no hospital.
A mulher de 30 anos, naturalizada brasileira, e quatros filhos — de 13, 10, 9 e 7 anos — moravam em Marília, no interior paulista, antes de decidir retornar ao Líbano. Eles também moraram anteriormente em Itapevi, na Grande São Paulo.
À CNN, Jihad Hussein Azzam, tio que acompanha as vítimas no hospital, contou que a mulher deseja retornar ao Brasil após o ataque.
A mãe, a filha, de 10 anos, e o filho de 9 estavam em casa quando ficaram gravemente feridos após ataque aéreo, na cidade Saddikine, na área de Qana, no sul do Líbano.
O menino teve alta nesta segunda-feira (3), relatou o tio à CNN.
“Graças a Deus os três estão saudáveis. Fátima está respirando sem aparelhos hoje e está totalmente consciente. Ela conversou conosco, mas ainda está na UTI. A operação da menina foi bem sucedida na perna, e ela ainda está no hospital. Já o menino teve alta do hospital hoje”, disse Azzam.
A embaixada brasileira em Beirute tenta a transferência das vítimas para um hospital em Beirute. Atualmente, eles estão internados a 100 km da capital.
Em nota divulgada no domingo (2), o Ministério das Relações Exteriores manifestou indignação e condenou o bombardeio ocorrido em Saddikine, no Sul do Líbano, que vitimou os três brasileiros.
As vítimas brasileiras recebem atendimento no Hospital Libanês Italiano, em Tiro. A Embaixada do Brasil em Beirute acompanha o caso e mantém contato com a equipe médica e familiares dos feridos.
“O episódio ocorreu no contexto de ataques das forças armadas israelenses no Sul do Líbano e do Hezbollah no Norte de Israel”, ressaltou o Itamaraty.
“O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes”, conclui a nota.
Jussara Soares da CNN