Mãe e filhos brasileiros chegaram no Líbano 45 dias antes de bombardeio

04/06/2024 04h21 - Atualizado há 5 mêses

Mulher de 30 anos, naturalizada brasileira, e quatros filhos -- de 13, 10, 9 e 7 anos -- moravam em Marília, no interior paulista, antes de decidir retornar ao Líbano

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Divulgação

A família brasileira vítima de um bombardeio no sul do Líbano no último sábado (1⁰) chegou ao país há cerca de um mês e meio, relatou à CNN um parente que está acompanhando mãe e filhos no hospital.

A mulher de 30 anos, naturalizada brasileira, e quatros filhos — de 13, 10, 9 e 7 anos — moravam em Marília, no interior paulista, antes de decidir retornar ao Líbano. Eles também moraram anteriormente em Itapevi, na Grande São Paulo.

À CNN, Jihad Hussein Azzam, tio que acompanha as vítimas no hospital, contou que a mulher deseja retornar ao Brasil após o ataque.

A mãe, a filha, de 10 anos, e o filho de 9 estavam em casa quando ficaram gravemente feridos após ataque aéreo, na cidade Saddikine, na área de Qana, no sul do Líbano.

O menino teve alta nesta segunda-feira (3), relatou o tio à CNN.

“Graças a Deus os três estão saudáveis. Fátima está respirando sem aparelhos hoje e está totalmente consciente. Ela conversou conosco, mas ainda está na UTI. A operação da menina foi bem sucedida na perna, e ela ainda está no hospital. Já o menino teve alta do hospital hoje”, disse Azzam.

A embaixada brasileira em Beirute tenta a transferência das vítimas para um hospital em Beirute. Atualmente, eles estão internados a 100 km da capital.

Em nota divulgada no domingo (2), o Ministério das Relações Exteriores manifestou indignação e condenou o bombardeio ocorrido em Saddikine, no Sul do Líbano, que vitimou os três brasileiros.

As vítimas brasileiras recebem atendimento no Hospital Libanês Italiano, em Tiro. A Embaixada do Brasil em Beirute acompanha o caso e mantém contato com a equipe médica e familiares dos feridos.

“O episódio ocorreu no contexto de ataques das forças armadas israelenses no Sul do Líbano e do Hezbollah no Norte de Israel”, ressaltou o Itamaraty.

“O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes”, conclui a nota.

Jussara Soares da CNN