Lesões de alemão ferido em explosão no Rio são de facadas, diz laudo

20/05/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Os cortes no corpo do alemão Markus Müller, morador do apartamento onde houve uma explosão em São Conrado, na Zona Sul do Rio, na segunda-feira (18), foram provocados por facadas. Um laudo obtido pelo RJTV com exclusividade, assinado por médicos do Hospital Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul, onde ele foi atendido, conclui que, além das queimaduras, os ferimentos foram causados por um objeto cortante.

O laudo revela que Markus Müller tem vários cortes pelo corpo: pelo menos dois no braço direito, um grande no braço esquerdo, três no peito, no pescoço e dois cortes pequenos nas nádegas. Fontes da polícia descartam a possibilidade de os ferimentos terem sido causados por estilhaços na explosão no apartamento.

Müller foi transferido na terça-feira (19) para o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste, onde há um setor de queimados.

Hipóteses

A polícia, que investigava a possibilidade de um acidente provocado por vazamento de gás, agora analisa duas novas hipóteses: o morador pode ter sido vítima de um assalto ou pode ter tentado se matar.

Em um dos quartos do apartamento do alemão havia sangue no chão e sobre uma cadeira. Para peritos da polícia, isso prova que o alemão andou pelo apartamento depois da explosão.

Chamas em movimento eram vítima, diz perito

Luciano Ferrari, funcionário da obra do metrô, em São Conrado, gravou um vídeo minutos depois da explosão. Nele é possível ver um clarão dentro do apartamento e logo depois um foco de incêndio aparece na varanda do décimo andar e parece se movimentar. A pedido do RJTV, o perito Nelson Massini, coordenador do Laboratório de Ciências Forenses, da Uerj, analisou o vídeo.

“A chama está se movimentando e a única coisa que pegou fogo naquele ambiente foi ele com as vestes que usava. Podemos dizer que foi ele mesmo que saiu e circulou, veio para a varanda, voltou e sentou naquela cadeira depois da explosão”, disse o perito.

Prédio liberado

Na manhã desta quarta, funcionários da Comlurb ainda recolhiam a sujeira espalhada pelo playground. Setenta toneladas de material já foram retiradas.

Segundo a Defesa Civil, todo trabalho de remoção dos entulhos dos apartamentos mais prejudicados já foi feito e a prefeitura liberou o prédio para que o concomínio inicie as obras.

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