IPCA: inflação acelera para 1,62% em março, maior para o mês desde 1994

08/04/2022 08h06 - Atualizado há 2 anos

Em 12 meses, atingiu 11,30%.

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Foto: Reprodução/EPTV

Por Darlan Alvarenga, g1

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro, segundo divulgou nesta sexta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa para o mês desde 1994.

"No ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores", destacou o IBGE.

A alta foi puxada principalmente pelos preços dos combustíveis, em especial, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual (0,44 ponto percentual) no índice do mês.

Inflação persistente e acima da meta pelo 2º ano seguido

A alta nos preços dos combustíveis no mês reflete o reajuste de até 24,9% anunciado pela Petrobras e que entrou em vigor no dia 11 de março.

Com o resultado de março, já são 7 meses seguidos com a inflação rodando acima dos dois dígitos.

Em 2021, a inflação oficial foi de 10,06%, a maior inflação em seis anos.

A meta de inflação para 2022 é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O Banco Central, no entanto, já admitiu que o IPCA deve estourar a meta pelo 2º ano seguido e projeta uma taxa de 7,1%. Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a inflação no Brasil deve atingir o pico no mês de abril.

Para tentar trazer a inflação de volta para a meta, o Banco Central tem feito um maior aperto monetário. A taxa básica de juros (Selic) está atualmente em 11,75% e deve continuar a subir, atingindo 12,75%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio, segundo sinalização do BC.

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