Hospital de Londrina registra mortes por Covid-19 de funcionários que se recusaram a tomar vacina
No Hospital da Zona Sul, a direção convenceu equipes e diminuiu de 30 para 10 trabalhadores em recusa; profissionais assinaram termo oficializando a decisão de não se imunizarem.
De acordo com a 17ª Regional de Saúde, entre os principais motivos para recusa em tomar a vacina, está o medo de reações graves.
"A vacina vai nos dar a oportunidade de ou não ter a doença ou, se essa doença for instalada, de [ser] uma forma extremamente leve", destacou o médico Fábio Garani.
No Hospital da Zona Sul, o auxiliar administrativo Jeferson Alves da Costa contraiu Covid-19 e não resistiu. Em fevereiro, ele teve a chance de ser vacinado, mas não quis. No fim do mês seguinte, recebeu a dose inicial, mas não houve tempo para a aplicação da segunda.
No mesmo hospital, Angela Marques, que atuava como técnica de enfermagem, também se recusou a tomar a vacina. De acordo com o hospital, ela morreu de Covid no dia 23 de abril, aos 54 anos.
Recusas pela vacina na rede pública
Os casos de recusa se repetem em outros hospitais da rede pública em Londrina, como o Hospital da Zona Norte, onde 10 funcionários assinaram termo para não tomar a vacina.
Na unidade, mais de 400 trabalhadores foram imunizados com as duas doses da vacina. Para o secretario municipal de Saúde, que gerencia a rede pública, o total de recusas não é grande, mas preocupa.
"No que pese em ser um número pequeno, em todo esse universo de 25 mil profissionais de saúde vacinados, é uma situação que nos chama a atenção, justamente por ser uma categoria que, desde o início da pandemia, está mais exposta", disse Felippe Machado.
No Hospital Universitário (HU), que é referência para internação para pacientes com coronavírus, 20 trabalhadores ainda não querem tomar vacina, segundo a direção.
Ainda assim, a unidade informou que já percebe reflexos da imunização em quase quatro mil funcionários que aceitaram ser imunizados.
"O que nós temos percebido é uma queda no número de profissionais doentes, que a gente considera muito o evento da vacinação. Temos um ambulatório, onde nós atendíamos de 40 a 60 pacientes por dia, hoje esse ambulatório mudou o perfil e temos um número bem menor de atendimentos", disse Vivian Feijó, diretora de enfermagem do HU.
Por RPC Londrina
Por G1