Grupo anti-aborto na Irlanda admite derrota no referendo

26/05/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Governo defende que as mulheres sejam autorizadas a interromper a gravidez nas primeiras 12 semanas, com assistência médica certificada

Um dos principais grupos contra a legalização do aborto na Irlanda afirmou neste sábado (26) que o resultado do referendo de hoje é uma tragédia de proporções históricas, admitindo praticamente a derrota na votação .

O porta-voz do grupo Save the 8th, John McGuirk, que apoiou a campanha contra a legalização do aborto, referindo-se à 8.ª Emenda da Constituição que proíbe o ato, disse hoje à televisão nacional que muitos irlandeses não vão reconhecer o país quando acordarem.

As projeções vislumbradas durante a noite atribuíam uma vitória esmagadora aos apoiadores da legalização do aborto no país.

McGuirk referiu ainda que agora será relativamente fácil ao Governo irlandês poder aprovar no parlamento legislação mais liberal sobre o aborto.

Não há nenhuma perspectiva de a legislação não ser aprovada, lamentou o porta-voz.

O Governo defende que as mulheres sejam autorizadas a interromper a gravidez nas primeiras 12 semanas, com assistência médica certificada.

Os profissionais de saúde teriam o dever de falar e debater a opção pelo aborto com a grávida, que teria de respeitar um período de três dias de reflexão.

Terminado este prazo, se mantiver a sua vontade, poderá se realizar a interrupção da gestação.

A Irlanda votou em massa, no sábado (26), para decidir se mudava ou mantinha uma das leis mais restritivas da Europa em relação ao aborto.

E, segundo as primeiras sondagens, logo após o fechamento das urnas, os eleitores votaram majoritariamente pela mudança.

Com informações da Lusa

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