Governo do Líbano diz que ataques israelenses são “semelhantes a genocídio”

21/09/2024 04h05 - Atualizado há 2 mêses

Israel realizou ofensiva contra Beirute e tinha como alvo comandante do Hezbollah

Cb image default
Fumaça no vilarejo de Kfar Kila, sul do Líbano 20/9/2024 • REUTERS/Karamallah Daher

O governo do Líbano solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional Unido após o último ataque israelense em Beirute, acusando Israel de realizar atos “semelhantes a genocídio” em solo libanês.

O gabinete interino do país disse em uma declaração publicada no X que o “ataque a uma área residencial populosa mais uma vez prova que o inimigo israelense não tem consideração por questões humanitárias, legais ou morais, mas continua o que se assemelha a genocídio”.

“Esta nova agressão é uma questão de consciência para a comunidade internacional, que permanece em silêncio sobre violações de direitos humanos e Justiça”, pontua a nota.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, e seus ministros foram informados do ataque durante uma reunião de gabinete, na qual ele ressaltou que as últimas ofensivas israelenses — incluindo as explosões de pagers desta semana — foram “um ato criminoso vergonhoso e condenado, semelhante a genocídio e um massacre horrível”.

Ao pedir para que a comunidade internacional atue diante da ação militar israelense, Mikati destacou que o Líbano recebeu ligações de representantes internacionais confirmando que Israel “cruzou as linhas vermelhas”.

Mikati também anunciou que viajará para Nova York nesta sexta-feira (20) para discursar diretamente na ONU e que entrará com uma proposta para “introduzir leis internacionais para salvaguardar tecnologias civis de serem usadas para fins militares”.

Mia Alberti e Eyad Kourdi, da CNN