Governador de Amambay critica polícia e cobra agilidade nas investigações de ataque que vitimou sua filha
Em vídeo que circulas redes sociais do Paraguai, Ronald Acevedo aparece questionando o comandante da Polícia Nacional
Após mais de quatro meses do ataque que matou quatro pessoas em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, cidade distante 320 quilômetros de Campo Grande, caso segue sem solução. Nesta quinta-feira o governador de Amambay, Ronald Acevedo, que perdeu a filha, Haylée Acevedo, de 21 anos, criticou a ação da polícia paraguaia.
Sem esconder a dor que ainda guarda pela morte de Haylée, estava dentro do veículo dirigido por Osmar Álvarez, o 'Bebeto', envolvido em tráfico de droga suposto alvo dos pistoleiros, Acevedo, que participava de uma solenidade oficial em Pedro Juan Caballero abordou o comandante da Polícia Nacional, comissário Gilberto Arístides Fleitas Colmán.
Em vídeo que circulas redes sociais do Paraguai, o governador aparece questionando o comandante. Segundo ele a polícia não tem usado a mesma prática nas investigações da chacina do dia 9 de outubro. Ele fez referências aos procedimentos adotados em relação ataque de San Berdardino, que matou a influencer Cristina “Vita” Aranda.
“Por que essa diferença em relação ao caso de San Bernardido que foi resolvido rapidamente e a morte de minha filha e nunca foi esclarecido, com envolvimento do crime organizado?”, cobrou Ronald Acevedo durante conversa em público com comandante da Polícia Nacional.
Choro e homenagens
Desde a morte da filha, o governador tem evitado aparecer em solenidades pública. Informações apuradas pelo Midiamax com pessoas que convivem mais de perto com Acevedo, mostram que ele está cada vez mais abatido.
Há relatos de que pelo menos uma vez por mês, ele é visto chorando e rezando no local onde aconteceu o ataque com mais de cem tiros disparados por pistoleiros. “Ver um pai chorando a morte de uma filha é uma cena muito triste”, comentou um internauta.
Aos amigos mais próximos e também perante os moradores de Pedro Juan Caballero, o governador não esconde os sentimentos de tristeza por não estar conseguindo vencer a guerra contra o crime organizado na fronteira. “Estamos perdidos”, disse ele.
Marcos Morandi
MIDIAMAX