Fundo para o clima chegará a US$ 100 bilhões em 2020, dizem ministros

12/10/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

Os países mais ricos do mundo conseguirão chegar a um acordo para aumentar a contribuição para combater a mudança climática até que ela chegue a US$ 100 bilhões por ano em 2020. Essa é a opinião de ministro de países-chave no processo, que discutiram o tema no encontro do FMI (Fundo Monetário Internacional) em Lima, no Peru.

O Banco Mundial e outros bancos internacionais anunciaram novas contribuições na última sexta-feira (9) que se somam a outras promessas que já haviam sido feitas por países individuais. Os recursos se destinam a ajudar países mais pobres a arcar com a adaptação ao aquecimento global e a reduzir emissões de gases do efeito estufa.

“Isso nos põe na direção da meta de US% 100 bilhões”, afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Lauren Fabius, em uma entrevista coletiva.

Um relatório divulgado na última semana mostrou que países já desembolsaram US$ 62 bilhões de financiamento em 2014, e novas promessas ajudarão a atingir o objetivo para 2020, definido em 2010.

Declarações de governo

“Estamos seguros de que atingiremos os US$ 100 bilhões em 2020”, afirmou Manuel Pulgar-Vidal, ministro do meio ambiente do Peru.

O governo da França, que vai sediar a cúpula do clima da ONU, em dezembro, afirma que promessas anunciadas na sexta-feira colocam mais US$ 15 bilhões ao total anual.

Michel Sapin, ministro francês das finanças, afirma que a meta de financiamento para 2020 é um elemento chave do novo acordo global para redução de emissões de gases do efeito estufa que será negociado em Paris.

O Banco Mundial afirmou que tem condições de elevar sua contribuição de US$ 10,3 bilhões para US$ 16 bilhões anuais até 2020, um aumento de 21% para 28% de suas operações.

O Banco de Investimento Europeu afirma que subiria sua contribuição de 25% para 35%. A instituição diz ser o maior fornecedor multilateral para projetos de clima, com empréstimos que somaram US$ 25,4 bilhões em 2014.

A ONG Oxfam elogiou as contribuições anunciadas, mas afirma que elas são insuficientes. “Ministros falharam em avaliar o elefante na sala: apenas uma fração pequena dos fundos de clima está chegando aos países mais pobres do mundo para ajuda-los a se adaptarem à mudança climática”, afirmou Isabel Kreisler, especialista da Oxfam em políticas para o clima.

Fonte: Reuters