FAKE NEWS: PF instaura inquérito para investigar "milícias digitais" patrocinadas com dinheiro público

16/07/2021 18h02 - Atualizado há 3 anos
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A PF (Polícia Federal), através da DPF Denisse Dias Rosas Ribeiro,  informou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na manhã desta sexta-feira (16), que instaurou formalmente o inquérito para investigar suposta organização criminosa digital que promove atos contra a democracia. A apuração foi determinada pelo magistrado no último dia 1º e deriva do inquérito dos atos com pautas antidemocráticas.

A nova investigação mira os núcleos de produção, publicação, financiamento e político “absolutamente semelhantes àqueles identificados” no inquérito que apura ameaças, ataques e “fake news” contra o STF, que também está sob relatoria de Moraes.

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Uma rede de youtubers e blogueiros bolsonaristas investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) chega a faturar mais de R$ 100 mil por mês. Entre as publicações feitas por esses canais e sites, há informações privilegiadas que eles recebem do Palácio do Planalto. Os dados constam do inquérito aberto em abril pelo STF para investigar atos antidemocráticos.

Na teia dos blogs e canais defensores do presidente e detratores de seus adversários, aparece o Foco do Brasil, de Anderson Rossi. Ele disse receber vídeos de Arnaud Tomaz. Os vídeos com mais acesso do canal são feitos em áreas internas da residência oficial em que Bolsonaro conversa com apoiadores, longe do espaço reservado à imprensa. Com 2,3 milhões de seguidores no YouTube, conseguiu faturar com a monetização do canal US$ 330.887,08 entre março de 2019 e maio de 2020, o equivalente a R$ 1,7 milhão na cotação atual de câmbio.

Outros canais citados no inquérito, segundo a publicação, são: Vlog do Lisboa, de Fernando Lisboa, que fatura de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês, Professor Opressor, de Emerson Teixeira, com rendimento mensal de R$ 11 mil, e Folha Política, de Ernani Fernandes Barbosa e Thaís Raposo, com ganhos no YouTube de R$ 50 mil a R$ 100 mil por mês. Esse último já teve 68 páginas e 43 contas derrubadas pelo Facebook por publicar notícias falsas e violar termos de uso da rede social.

O inquérito mira ao todo 11 canais, incluindo também o Direto aos Fatos, de Camila Abdo, e o TV Direita News, de Marcelo Frazão. A investigação foca na disseminação de conteúdo contra STF e Congresso.

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Por TONI REIS