EUA revisam em alta o crescimento do primeiro trimestre

27/05/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O crescimento econômico dos Estados Unidos foi revisado em alta no primeiro trimestre, mas um pouco menos que o esperado pelos analistas, segundo a segunda estimativa do Departamento de Comércio divulgada nesta sexta-feira.

O Produto Interno Bruto (PIB) americano aumentou 0,8% de janeiro a março em projeção anual e dados corrigidos, contra o 0,5% anunciado na primeira estimativa.

Os analistas esperavam uma revisão em alta de 1%.

Mesmo assim, os economistas dizem que o crescimento no atual trimestre abril-junho é suficientemente firme para compensar a morosidade do começo do ano e acreditam que os Estados Unidos continuarão crescendo em ritmo sólido no resto do ano, diferentemente de outras grandes economias.

Na metade do segundo trimestre, as estimativas públicas e privadas projetavam um crescimento anual de entre 2,5% e 3,0%

Membros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) argumentaram que os dados do primeiro trimestre subestimam o fortalecimento da economia.

Dados mais recentes apontam um desempenho um pouco melhor no segundo trimestre do que o ritmo de 2,5% de nossas previsões, disse Jim OSullivan, analista da High Frequency Economics.

Para o trimestre janeiro-março, os dados revisados mostraram as mesmas debilidades da estimativa anterior, que se baseou em dados menos completos.

O principal fator de desaceleração foi a queda significativa dos investimentos em construção e equipamentos.

Isso está parcialmente vinculado à contração do setor de energia; especialmente nas áreas de gás e petróleo após queda dos preços desta matéria-prima.

Além disso, houve um menor crescimento do consumo apesar da sustentada criação de empregos.

O que melhorou na nova estimativa do PIB americano foi o crescimento dos estoques das empresas e a construção de moradias. Ambos aumentaram mais do que o estimado originalmente.

A revisão em alta não diz muito sobre a recuperação da economia no atual segundo trimestre.

A retração da indústria de energia e o dólar forte, somados à desaceleração das economias estrangeiras, afetam as exportações norte-americanas, embora não tão severamente como antes.

Os investimentos das empresas continuam sendo limitados. O Departamento de Comércio informou que os lucros corporativos cresceram somente 0,3% no primeiro trimestre, após duas quedas consecutivas. Há um ano, esta queda foi de 5,8%.

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