Estudo mostra que ficar mais tempo em pé pode não ser tão saudável; entenda
Pesquisadores da Faculdade de Medicina e Saúde da Universidade de Sidney recomendam, pelo menos, 6 minutos de exercício vigoroso por dia
Ficar muito tempo em pé não só não ajuda a saúde cardiovascular, como também pode aumentar o risco do desenvolvimento de doenças circulatórias. É o que apontam os resultados de uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Sidney, na Austrália.
O estudo, publicado no International Journal Of Epidemiology nesta quarta-feira (16), contraria a compreensão geral que levou pessoas de todo o mundo a combater o sedentarismo, evitando ao máximo ficar sentado e se culpabilizando por cada momento em que estão em repouso. Ficar em pé, sem fazer qualquer exercício físico, não é sinônimo de saúde, conforme explica Matthew N. Ahmadi, líder da pesquisa.
“A principal conclusão é que ficar em pé por muito tempo não compensa um estilo de vida sedentário e pode ser arriscado para algumas pessoas em termos de saúde circulatória. Descobrimos que ficar em pé por mais tempo não melhora a saúde cardiovascular a longo prazo e aumenta o risco de problemas circulatórios”, afirmou o professor da faculdade de Medicina e Saúde da Universidade de Sidney em entrevista ao News Medical.
O estudo foi conduzido por um período de sete a oito anos com mais de 83 mil pessoas, monitoradas com auxílio de dispositivos simulares smartwatches no Reino Unido. Os resultados também indicaram que passar mais de 10 horas por dia sentado também pode aumentar o risco de doença cardiovascular e hipotensão ortostática — isto é, queda da pressão arterial ao se levantar. Ou seja, passar muito tempo sentado, assim como ficar muito tempo em pé, também é prejudicial à saúde.
Segundo a pesquisa, manter uma rotina diária de, pelo menos, 6 minutos de exercício vigorosos ou 30 minutos de exercício moderado é o ideal para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. A fórmula é válida, inclusive, para pessoas que passam mais de 11 horas por dia altamente sedentárias, conforme aponta o estudo.
Flávio Ismerim, da CNN