Estado criminoso! Israel matou mais de 12 mil crianças em quatro meses

22/02/2024 04h11 - Atualizado há 9 mêses
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Foto: Mahmud Hams/AFP

Há quatro meses, o mundo acompanha a escalada de violência do Estado de Israel contra os palestinos que moram na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Os ataques iniciaram no dia 07 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas lançou foguetes e invadiu assentamentos israelenses, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 400.

Desde então, o primeiro-ministro do Estado israelense, Benjamin Netanyahu, vem liderando um verdadeiro massacre contra os palestinos.

Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, já são cerca de 29.092 pessoas assassinadas na Faixa de Gaza, dentre elas 12.300 crianças e 398 mortos na Cisjordânia (sendo mais de 100 crianças). Um verdadeiro genocídio. 

Do lado israelense, de acordo com o seu governo, são 1.371 pessoas mortas. Sendo 1.139 apenas no dia 07 de outubro.

Nestes meses, os palestinos já se deslocaram ao norte, conforme orientações do governo de Israel, mas ainda assim foram bombardeados.

De acordo com jornalistas e comunicadores que estão cobrindo o massacre palestino, “todo o norte de Gaza está definhando de fome”.

Além de morrerem com os ataques do Exército de Israel, eles também estão morrendo de fome, frio e sede. Especialmente as crianças.

Declarações do presidente Lula

Na última semana, o presidente Lula, durante a Cúpula da União Africana na Etiópia, condenou o genocídio que está ocorrendo em Gaza.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

A fala dele repercutiu de forma negativa para o Estado de Israel, hoje sob o comando de uma extrema-direita.

O primeiro-ministro israelense Netanyahu afirmou que o presidente Lula cruzou a “linha vermelha”, ao comparar o genocídio palestino com o holocausto judeu.

Em seguida, o governo de Israel declarou Lula como “persona non grata”, ou seja, que não é bem-vinda no país. Pediram uma retratação, que não ocorreu até o momento.

Em resposta à hostilidade do primeiro-ministro israelense, o presidente brasileiro chamou o embaixador Frederico Meyer de volta ao Brasil. O chanceler Mauro Vieira também convocou o embaixador de Israel para uma reunião.

Contexto

A declaração do presidente Lula ocorreu após ataques das forças militares israelenses contra a precária estrutura hospitalar na Faixa de Gaza. A ofensiva, realizada no dia 15 de fevereiro, foi para supostamente capturar terroristas do Hamas.

Segundo o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, com a invasão do hospital Nassar, ele não está mais em funcionamento.

Leia também: Lula critica extrema direta racista em discurso na Etiópia

Além disso, Israel também ameaçou cometer uma carnificina na região de Rafah no período do Ramadã, caso o Hamas não liberte os reféns. O local é um reduto onde os palestinos estão abrigados.

O Ramadã, que é sagrado aos muçulmanos, acontece no nono mês do calendário islâmico e é marcado por muitas orações e jejum diário. Neste ano acontecerá no dia 10 de março.

Crimes de Israel

Além do crime de genocídio, denunciado pela África do Sul, na Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, a Organização das Nações Unidas (ONU) está investigando acusações de outras violações do Estado de Israel. Incluindo abusos sexuais e assassinatos de mulheres e meninas palestinas.

Nesta terça-feira (20/02) o governo do Brasil também denunciou Israel pela invasão de territórios palestinos, na audiência na CIJ.

Para o Itamaraty, “a persistente ocupação de israelenses, desde 1967, em violação ao direito internacional e a diversas resoluções da ONU, não pode ser aceita ou normalizada pela comunidade internacional. Israel deve colocar um fim à ocupação da Palestina”.

O Brasil também defendeu que haja a criação de um Estado palestino “independente, soberano e economicamente viável, coexistindo com Israel, com fronteiras internacionalmente reconhecidas”.

por Danielle Louise

agenciatambor.net.br