Em dois anos de guerra, uma criança foi morta em Gaza a cada 52 minutos
Defensores dos direitos humanos intensificaram os apelos pelo fim permanente da ofensiva de Israel e pela libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas
Defensores dos direitos humanos intensificaram os apelos pelo fim permanente da ofensiva de Israel em Gaza e pela libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas, nesta terça-feira (7) — dois anos após os ataques de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel.
Mais de 24 meses de hostilidades tornaram grandes áreas de Gaza inabitáveis, destruíram famílias inteiras e deixaram dezenas de milhares de crianças órfãs.
Mulheres estão sofrendo abortos espontâneos após serem forçadas a fazer exaustivas viagens de deslocamento do norte para o sul da Faixa de Gaza, de acordo com James Elder, porta-voz do Unicef, a agência da ONU para a infância.
Enquanto isso, crianças na maior cidade de Gaza estão descalças e famintas, sem "ter para onde ir", informou Elder, em 3 de outubro.
“Mães carregam crianças com a pele sangrando devido a erupções cutâneas. Crianças tremem diante dos ataques aéreos implacáveis. E crianças olham para o céu, acompanhando o fogo de helicópteros”, disse Elder em um comunicado.
“Todos têm alguma responsabilidade por isso, mas há apenas uma vítima. Ontem, hoje e, sem ações significativas, amanhã. Crianças palestinas”, completou.
Aqui está uma análise de como a guerra impactou as crianças em Gaza desde 7 de outubro de 2023, de acordo com números publicados pelas autoridades de saúde do território palestino nesta terça-feira (7):
Pelo menos 20.179 crianças foram mortas.
Pelo menos 1.029 crianças menores de um ano foram mortas.
Pelo menos 420 bebês nasceram e morreram.
Pelo menos 58.554 crianças ficaram órfãs.
Pelo menos 1.102 crianças agora são amputadas.
Pelo menos 914.102 foram privados de educação.
Ibrahim Dahman e Sana Noor Haq, da CNN