Educadores vão realizar grande mobilização contra mosquito Aedes aegypti no sábado após o Carnaval
Educadores e secretários de Educação dos estados e municípios com maiores índices de casos de dengue, febre chikungunya e zika participaram do lançamento do Pacto da Educação Brasileira contra o zika. O pacto, proposto pelo Ministério da Educação, pretende usar a rede de ensino para mobilizar as pessoas no combate ao mosquito Aedes aegypti.
Alguns convidados relataram como está a situação em suas cidades e estados. Horácio Francisco dos Reis é dirigente municipal de Educação do município de Goiana, em Pernambuco, o estado mais afetado pela epidemia de microcefalia causada pelo vírus zika. Horácio acredita que uma das grandes dificuldades para controlar as doenças transmitidas pelo mosquito é o preço dos repelentes.
O Ministério da Saúde informou que está em fase inicial de negociação com a indústria farmacêutica um acordo para fornecer repelente para as gestantes de baixa renda.
Os participantes lembraram que algumas grávidas com suspeita de terem transmitido vírus zika para os fetos acabaram perdendo os bebês. A presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Camila Lanes, defendeu a retomada do debate sobre a legalização do aborto.
O ministro da Educação, Aloisio Mercadante, destacou que a primeira grande mobilização contra o mosquito Aedes aegypti será no sábado após o Carnaval.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmado 404 casos de microcefalia causada pelo vírus zika. Dos 4.783 casos notificados até o dia 30 de janeiro, 3.670 ainda estão em investigação e 709 foram descartados.
Na última terça-feira, a Organização Mundial da Saúde declarou situação de emergência internacional para a associação da microcefalia à contaminação pelo vírus zika. Além do Brasil, outros 23 países registraram casos da doença. Esse número pode aumentar, porque o Aedes Aegypti está presente em mais de 100 países.
Rádioagência Nacional