Dólar fecha abaixo de R$ 3,20, menor valor em um ano
Em queda pelo terceiro dia seguido, a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 3,20 e alcançou o menor valor em um ano. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (4) cotado em R$ 3,1935, queda de 1,39%. A cotação fechou no nível mais baixo desde 21 de julho do ano passado (R$ 3,173).
Saiba mais no boletim de abertura de mercado desta sexta-feira (5), com o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Corrêa:
O corte na taxa de juros pelo BC inglês ontem e o aumento de estímulos para restaurar a economia do país desencadearam uma desvalorização generalizada do dólar, juntamente com o aumento do preço do barril de petróleo após a divulgação de queda nos estoques americanos. A constante política de relaxamento monetário por parte dos bancos centrais das economias industrializadas aumenta liquidez no mercado financeira internacional e direciona recursos para países emergentes, em especial para o Brasil, dada a grande diferença de juros praticados aqui em relação ao exterior. Internamente, a aprovação do relatório do senador Antonio Anastasia, favorável ao afastamento de Dilma Rousseff da Presidência, também colaborou para a depreciação da divisa norte-americana, que fechou no menor patamar desde 21 de julho de 2015 e abaixo do piso informal de R$ 3,20. Ao final da sessão, o dólar encerrou cotado em R$ 3,1935, queda de 1,39%.
Hoje, é dia de PAYROLL, o relatório oficial de criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos. A expectativa é a de que haja uma desaceleração na criação de postos, com previsão de 179 mil novos empregos, contra 287 mil do mês passado. As principais bolsas europeias e futuros americanos operam em leve alta, aguardando a divulgação do indicador mais importante da semana, juntamente com a taxa de desemprego, sinalizador para o FED mensurar a saúde da economia dos Estados Unidos. O preço do barril de petróleo volta a cair e o dólar perde para o euro e a maioria das moedas emergentes. Um número mais fraco do PAYROLL dará sequência a desvalorização do dólar, por outo lado um aumento acima das previsões na criação de novos postos de trabalho tende a abrir espaço para uma correção no câmbio. Entretanto, mesmo que os números venham em linha, o mercado de câmbio doméstico deve manter os níveis e apreciação do real no curto e médio prazo.
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