Crédito para financiar casa própria cai 42,7% em julho, diz Abecip

24/08/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

O volume de financiamentos imobiliários caiu 42,7% em julho ante o mesmo mês de 2014, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip), divulgados na última sexta-feira (21). O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 5,96 bilhões, superando em 1,4% o valor em junho.

Segundo a Abecip, o resultado desfavorável deve-se ao ambiente econômico mais complexo, com juros em patamar elevado. Este cenário, diz a entidade, criou uma barreira para a captação de novos recursos da poupança, que serve de funding para os financiamentos, tornando mais seletiva a oferta de crédito desde maio.

Volume cai 20% no ano

No período de janeiro a julho, foram destinados R$ 50,7 bilhões para a aquisição e a construção de imóveis, montante 20% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado.

Em 12 meses, até julho, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança do SBPE alcançou o montante de R$ 100 bilhões, queda de 11,7% em relação ao apurado nos 12 meses precedentes.

Financiamentos imobiliários

Em termos de quantidade, foram alocados recursos para construção e aquisição de 28 mil imóveis em julho, 44,3% menos do que em julho de 2014. Comparado a junho de 2015, registrou-se recuperação, com crescimento de 9,3%.

Nos primeiros sete meses deste ano, foram financiados 227,9 mil imóveis, queda de 25,8% em relação a igual período de 2014. Nos últimos 12 meses, até julho, foram financiados 459,3 mil imóveis, o que significou um recuo de 15,6% em relação aos 12 meses precedentes.

Captação líquida da poupança

Em julho, a captação líquida da poupança foi negativa em R$ 2,4 bilhões. Entre janeiro e julho, a captação líquida das cadernetas foi negativa em R$ 38,5 bilhões, resultando em queda nominal dos saldos de R$ 17,7 bilhões. Já entre junho e julho, o saldo aumentou 0,17% e, em relação a julho de 2014, cresceu 1,8%, em decorrência do crédito dos rendimentos.

Fonte: G1