Colonos israelenses resistem a evacuação de colônia de Amona na Cisjordânia
Dezenas de colonos entrincheirados em uma sinagoga continuavam na manhã desta segunda-feira resistindo à evacuação da colônia israelense de Amona, na Cisjordânia ocupada, indicou a polícia.
Centenas de policiais realizaram na quarta-feira a evacuação dos entre 200 e 300 habitantes da emblemática colônia após uma decisão da justiça israelense.
Entraram em confronto com centenas de jovens que chegaram das colônias vizinhas com fortes convicções judaicas e com a certeza de que estas terras da Cisjordânia, território palestino ocupado desde 1967, são israelenses.
A polícia conseguiu a duras penas, por meio do diálogo ou da força, evacuar quase todas as casas pré-fabricadas nas quais os colonos se instalaram no fim dos anos 1990.
Mas 200 pessoas seguiam se opondo na manhã desta quinta-feira a sua evacuação. Elas se entrincheiraram em uma sinagoga e em outra estrutura, disse um porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.
As forças policiais esperam poder finalizar a evacuação durante o dia, antes do sabat, disse. Os policiais dialogam com os representantes locais para terminar a operação sem incidentes maiores, afirmou.
Deixando de lado alguns incidentes menores e detenções, os confrontos de quarta-feira, apesar de sua importância, não alcançaram um nível de violência cujo custo político teria sido elevado para o governo de direita de Benjamin Netanyahu.
Um total de 24 policiais ficaram levemente feridos, 800 pessoas foram afastadas do local e 13 detidas, indicou Rosenfeld.
A colônia é alvo de uma batalha política e legal que existe desde sua criação, em 1995. Em 2014, a Suprema Corte julgou o assentamento ilegal do ponto de vista do direito israelense, ao ter sido construída em terras privadas palestinas, e ordenou sua destruição.
A ONU e grande parte da comunidade internacional não fazem distinções e consideram que todas as colônias israelenses nos territórios palestinos ocupados são ilegais.
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