Cientista afirma ter descoberto material que prova existência de vida extraterrestre
Avi Loeb diz que meteoro que caiu na Terra em 2014 veio de fora do Sistema Solar e pertence a uma nave alienígena
O físico e astrônomo americano-israelense Avi Loeb afirma que conseguiu recuperar fragmentos de uma nave extraterrestre vinda de fora do Sistema Solar. Com a identificação desses pedaços, o cientista anunciou que seriam os primeiros resquícios de material alienígena encontrados na Terra.
Polêmico, o professor de Universidade Harvard afirma que encontrou pequenas bolinhas metálicas, retiradas de um meteorito caído na Papua-Nova Guiné, que possuem uma composição diferente de tudo o que existe em nosso planeta.
Ele conta que o asteroide era uma nave espacial de outra civilização. No entanto, mesmo com o apoio de alguns pares, o astrônomo foi muito criticado e contestado no meio acadêmico.
O cientista planetário Humberto Campins diz acreditar que a composição elementar mostra que o material é um fragmento de um exoplaneta distante ou de um asteroide interestelar. Loeb reconhece que essa é a explicação mais provável, mas não descarta a ideia de que isso possa provar a existência de inteligência superior.
“O oceano está repleto de esférulas, algumas naturais e outras artificiais, vindas de detritos de satélites, material industrial levado pelo vento ou mesmo testes nucleares. Você pode encontrar todos os tipos de partículas estranhas nas profundezas", afirmou o doutor Matthew Genge ao diário britânico Daily Mail.
No entanto, ele diz que não é possível rejeitar totalmente as teorias e ideias de Loeb, já que os resultados de seus estudos não foram comprovados e postados ainda. Além disso, Genge confessa esperar estar errado e que realmente os extraterrestres estejam entre nós.
Opinião contrária
O doutor Peter Brown, astrônomo da Universidade de Western Ontario, também foi contra as afirmações de Loeb. Ele afirma que é quase impossível algo que entrou na atmosfera a mais de 160 mil km/h ter "sobrevivido" ao impacto.
Ele também vai contra o teoria de o objeto ser de fora do Sistema Solar e sugere que essa conclusão foi tirada da velocidade com que o Meteoro Interestelar 1 (IM1) colidiu com a atmosfera da Terra, o que não é o suficiente.
O asteroide em questão foi identificado pela Nasa em 2014, e Avi Loeb reuniu uma equipe, financiada pelo empresário Charles Hoskinson, para encontrar os destroços do meteorito no oceano Pacífico.
A missão, que custou cerca de US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 7,5 milhões), consistia em arrastar um ímã poderoso pelo fundo do mar na esperança de encontrar algo. Felizmente, mais de 700 bolinhas metálicas foram encontradas, segundo o relatório do grupo.
Loeb afirma que a composição das bolas não é encontrada em nenhum lugar da Terra, Lua ou Marte, pois o Sol não deixa isso acontecer, então precisou vir de fora da órbita solar.
A descoberta ainda não foi aprovada por outros cientistas da comunidade, já que muitos se recusam a se envolver no trabalho do polêmico professor de Harvard.
"As pessoas estão cansadas de ouvir sobre as afirmações malucas de Avi Loeb. Está poluindo a boa ciência, confundindo a boa ciência que fazemos com esse sensacionalismo ridículo e sugando todo o oxigênio da sala", disse Steve Desch, astrofísico da Universidade Estadual do Arizona, ao New York Times.
O astrofísico Steven Tingay, da Universidade Curtin, disse que é preciso ter calma com o trabalho do companheiro, pois ele precisará ser apresentado, testado, revisto, e só então a comunidade científica chegará a uma opinião maioritária sobre as alegações.
Matheus Borges*, do R7