Chefe da OMC aposta no futuro, apesar do cenário difícil da economia mundial

03/03/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, que foi reeleito para mais quatro anos à frente da Organização Mundial do Comércio (OMC) na terça-feira (28), afirmou que a prioridade para seu segundo mandato é fazer com que o órgão continue alcançando resultados importantes, apesar do atual cenário difícil da economia e do comércio internacionais.

Em entrevista à ONU News, Azevêdo falou de planos para o próximo mandato, que deve ir até 2021. Segundo ele, o quadro atual do comércio internacional não é fácil, mas apresenta boas perspectivas. Não é fácil porque o comércio quase sempre está muito ligado à expansão da economia mundial. Na medida em que a economia mundial desacelera e cresce de uma maneira tão modesta como está crescendo agora, o comércio tende a seguir o mesmo padrão, e isso não é bom.

Apesar de tudo, o diretor-geral da OMC quer que os benefícios do comércio atinjam o maior número de pessoas e empresas possível, sobretudo as micro, pequenas e médias empresas. E citou conquistas dos últimos quatro anos da OMC. Nós fechamos o Acordo de Facilitação do Comércio, que pode aumentar o comércio mundial em cerca de US$ 1 trilhão se for perfeitamente implementado. Eliminamos os subsídios da exportação de produtos agrícolas, e levamos a zero mais de 200 linhas tarifárias de produtos de tecnologia da informação, que é um comércio de US$ 1,3 trilhão.

Conferência Ministerial

Azevêdo lembrou a importância da 11ª Conferência Ministerial da OMC, marcada para dezembro, em Buenos Aires, quando os membros da organização vão discutir temas tradicionais e sensíveis, como a agricultura, a facilitação de serviços e investimentos, subsídios à pesca e comércio eletrônico.

Na opinião do chefe da OMC, será um encontro interessante para saber como os ministros dos diversos países vão atuar para sinalizar o caminho que será seguido no futuro.

Agência Brasil