CEO da Quaest: rejeição a Bolsonaro cresce 7 pontos percentuais e vai a 64%
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18) também testou cenários para a disputa pela Presidência da República
A rejeição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os eleitores brasileiros cresceu sete pontos percentuais e alcançou 64%, segundo apontou o CEO da Quaest, Felipe Nunes.
O índice de rejeição tem como base o percentual de eleitores que conhecem e não votariam em determinada pessoa. Ainda segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18), 32% dos entrevistados dizem que conhecem e votariam no ex-presidente, enquanto outros 4% não o conhecem.
A taxa cresceu desde o último levantamento, realizado em agosto deste ano. No mês passado, Bolsonaro era rejeitado por 57% das pessoas e aprovado por 37%.
Entre os candidatos que também acumularam uma maior rejeição, estão a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que era rejeitada por 51% dos eleitores e, em agosto, a 61%, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), cuja rejeição cresceu 11 pontos percentuais entre as pesquisas e alcançou 68%.
Cenário eleitoral
O levantamento ainda testou oito cenários de primeiro turno na disputa pela Presidência da República. Em todos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) supera os adversários, que incluem nomes como Michelle, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Eduardo.
“Eduardo seria o pior candidato do clã Bolsonaro”, afirmou Nunes. O filho do ex-presidente pontua 14% contra 32% do petista.
O deputado federal também foi testado em um cenário com Lula e Tarcísio. Nesta simulação, Lula lidera, com 40%. Tarcísio aparece com 20% e Eduardo, 16%.
Já em um cenário de segundo turno entre Lula e Eduardo, o presidente soma 47% das intenções de voto, enquanto o deputado tem 29%. Outros 21% votariam nulo, branco ou não votariam. São 3% os que se consideram indecisos.
Desde o último levantamento, em agosto, Lula manteve a mesma porcentagem de votos. Já Eduardo oscilou negativamente: no mês passado o deputado contabilizava 32%.
“Todos os membros da família Bolsonaro viram uma vantagem mínima para Lula se ampliar no último mês. [...] Eduardo parece ter vivenciado um desgaste um pouco maior”, analisou Nunes.
Foram ouvidas 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Já o nível de confiança é de 95%.
Laura Molfese, da CNN*, São Paulo