Casos suspeitos de microcefalia já são mais de 1.700 no País
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) está preocupada com o índice alarmante de microcefalia nos Municípios brasileiros. Um novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 8 de dezembro, apontou que já são 1.761 casos suspeitos de microcefalia em 422 cidades, espalhadas por 13 Estados e pelo Distrito Federal.
A Pasta também atualizou que foram notificadas 19 mortes de bebês, ainda sob investigação para confirmar a associação da diminuição do cérebro à infecção do zika vírus. Até agora, o Rio Grande do Norte foi o Estado com o maior número de óbitos. Foram notificadas a morte de 7 bebês em solo potiguar. Já em relação ao número de casos suspeitos, Pernambuco continua liderando, com 804. A Paraíba vem em segundo, com 316 e a Bahia em terceiro, 106.
A lista divulgada pelo Ministério ainda identificou casos suspeitos tem Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e Distrito Federal (1).
Alteração de medidas
O Ministério da Saúde resolveu diminuir de 33 cm para 32 cm a medida padrão do perímetro cefálico dos bebês. A decisão segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, os recém-nascidos que apresentarem crânio menor que isso serão considerados suspeitos de microcefalia.
A Pasta também confirmou o lançamento de um protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo zika. O documento estabelece diretrizes aos profissionais de Saúde e áreas técnicas para lidar com suspeitos e pacientes confirmados. Entretanto, o Ministério da Saúde observou que é necessário ter mais conhecimento da doença.
Com o novo protocolo, Estados e Municípios deverão detectar casos em recém-nascidos e monitorar gestantes com possível infecção por zika. Nesse entendimento, também devem ser observados os fetos com alterações no sistema nervoso, abortos espontâneos e nascidos sem vida suspeitos de contrair o vírus.
Exército apoia combate ao Aedes em Pernambuco
O trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti - transmissor de dengue, zika e chikungunya ganhou o apoio do Exército brasileiro em vários Municípios de Pernambuco. Cerca de 200 militares realizam ações como visitas domiciliares para aplicar larvicida e esclarecer a população sobre os perigos do Aedes aegypti.
Os soldados fazem vistoria em imóveis, eliminando focos e informando a população sobre como combater o mosquito. Até o final do mês, outros 550 militares das Forças Armadas serão capacitados para atuar no combate ao Aedes. O trabalho deles deve se estender de três a seis meses. Além de 14 Municípios da região metropolitana, outras 19 cidades pernambucanas receberão o reforço das equipes das Forças Armadas.
Agência CNM, com informações da Agência Estado