Caso Marielle: Rivaldo Barbosa pede a Moraes para prestar depoimento

30/04/2024 04h58 - Atualizado há 17 dias

Delegado foi preso, investigado por planejar o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes

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Delegado Rivaldo Barbosa, acusado de atrapalhar investigações para proteger contraventores e milicianos

Fernando Frazão/Agência Brasil

Os advogados do delegado Rivaldo Barbosa, investigado por planejar o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o policial preste depoimento no caso.

No pedido, encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, a defesa também solicita que Erika Araújo, esposa de Rivaldo, seja ouvida no processo.

O delegado, que chefiou a polícia do Rio de Janeiro, está preso e é investigado por planejar o assassinato da vereadora e por atrapalhar as investigações.

Já a esposa é apontada como responsável pela utilização de empresas para lavar o dinheiro proveniente de crimes. Ela também é investigada por organização criminosa e corrupção passiva.

Na petição, os advogados afirmam que, passado mais de um mês da prisão, Rivaldo ainda não foi ouvido e não há previsão para que o depoimento ocorra. E argumentam que, em depoimento, o delegado poderia esclarecer, com documentação e notas fiscais, que não possuía empresas de fachada.

Na petição enviada a Moraes, os advogados citam ainda o currículo de Erika e sustentam que as medidas contra a advogada sejam revogadas.

“Não há qualquer lastro probatório ou ao menos indiciário no sentido de que tenha havido práticas ilícitas na prestação dos serviços realizados pelas empresas de ERIKA e muito menos que sua evolução patrimonial tenha relação com rendas ilegais”, sustenta a defesa.

De acordo com relatório da Polícia Federal, o policial e ex-chefe da Polícia Civil recebia “mesada” para não investigar crimes de assassinato na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. As investigações apontam que haveria uma rotina de pagamento de propinas, em valor variavam entre R$ 60 mil e R$ 80 mil para obstruir investigações.

Julliana Lopes da CNN