Carro elétrico chinês tem turbina de avião e autonomia de 2 mil km
Em meio a tantas novidades de marcas consagradas, uma pequena empresa chinesa chamou a atenção de executivos da indústria automotiva no Salão de Genebra com um superesportivo que reúne tecnologia de aviação e dos carros híbridos.
Baseada em Pequim, a TechRules mostrou pela primeira vez ao mundo 2 protótipos com mais de 1 mil cavalos de potência, capazes de atingir 100 km/h em apenas 2,5 segundos, segundo testes feitos em Silverstone no mês passado.
É exatamente o mesmo desempenho da Bugatti Chiron, sucessora do famoso Veyron e que também foi lançada em Genebra.
Além disso, a TechRules afirma que o conceito consegue percorrer cerca de 2 mil quilômetros sem precisar reabastecer, enquanto as pioneiras de carros elétricos sofrem para conseguir 10% disso.
Por isso, a curiosidade foi geral. Então qual o segredo? A TechRules diz usar uma microturbina que recarrega a bateria, que por sua vez é responsável pela energia elétrica que move os motores.
Parece complicado, mas pense em um carro híbrido convencional, em que um motor a combustão recarrega as baterias. Agora tire o motor elétrico e coloque uma microturbina, inspirada nas turbinas de aviões.
A turbina, neste caso, serve apenas para aumentar a autonomia, por isto a tecnologia foi chamada de TREV (Turbine Recharging Electric Vehicle, em inglês).
Em Genebra, a empresa mostrou 2 protótipos. No mais esportivo, a microturbina é alimentada com combustível de aviação, como querosene. A outra usa gás natural ou biogás.
Com apenas uma carga de bateria, a autonomia seria de cerca de 150 km. Mas com o tanque de 80 litros cheio de querosene de aviação, o modelo chegaria aos 2 mil quilômetros sem precisar reabastecer, segundo a fabricante.
As rodas são impulsionadas por 6 motores – um em cada roda da frente, e dois em cada na traseira. Se o design exterior não é lá muito inspirado, o interior é bem despojado de regalias, para manter o peso baixo de 1.380 kg, com carroceria de fibra de carbono.
A TechRules planeja produzir o superesportivo nos próximos anos, mas pretende também usar a mesma tecnologia para modelos compactos urbanos mais acessíveis.
G1 Globo