Brasil tem quinta maior alta do PIB entre os integrantes do G20
Segundo IBGE, economia do Brasil cresceu 2,9% em 2023
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi o quinto que mais cresceu em 2023 entre os integrantes do G20, conforme dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A economia do Brasil, a mais forte da América do Sul, cresceu 2,9% em 2023, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (1º)
Entre os destaques de 2023 estão a China, com um crescimento de 5,2%; e a Indonésia, que apresentou uma alta de 5%.
Excluindo os anos de pandemia, o crescimento do PIB chinês teve o ritmo mais lento de aumento anual desde 1990, ressaltando o impacto de uma crise imobiliária prolongada e consumo persistentemente fraco.
A economia mais forte do mundo, dos Estados Unidos, teve uma alta de 3,1%. Segundo especialistas, isso aconteceu principalmente devido ao aumento nos gastos do consumidor e pela queda da inflação. As exportações e importações também aumentaram mais do que o previsto.
As economias da Turquia e do México também cresceram, com uma alta de 4,8% e 2,5% respectivamente.
Entre as economias que encolheram estão a Arábia Saudita, com uma retração de 4,4% e a Alemanha, com uma queda de 0,2%.
Para Felipe Salto, economista-chefe e sócio da Warren Investimentos e ex-secretário estadual da Fazenda e Planejamento de São Paulo, o agronegócio foi fundamental para o crescimento do Brasil.
“O PIB de 2023 cresceu quase 3%, com destaque ao desempenho muito positivo do agronegócio. Entendo que a redução dos juros criou um pano de fundo instigante ao investimento, o que deve aparecer com maior força em 2024”, afirmou.
O economista também avalia que o momento é de otimismo, porém é necessário seguir com cautela.
“Se não fizermos bobagem na questão fiscal e o governo mantiver a linha da política fiscal determinada pelo ministro Haddad, 2024 poderá até apresentar crescimento econômico um pouco menor que o do ano anterior, mas com uma composição muito boa. A indústria deve se recuperar, na esteira da alta do consumo e do investimento”.
“O momento é de otimismo, mas é sempre bom manter cautela, sobretudo com tantas pressões por gastos novos, que precisarão ser neutralizadas”, concluiu Felipe.
Gabriel Garcia da CNN