Brasil é confirmado como principal rota da cocaína produzida na América do Sul

06/09/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Uma mega operação, realizada pela Polícia Federal, conseguiu revelar a logística do transporte de cocaína produzida na América do Sul. A droga vem de países como a Bolívia, Peru e Colômbia, atravessando o país até o porto de Santos, em São Paulo, por onde é feito o escoamento da produção.

Segundo os investigadores, a cidade paulista tem sido utilizada como entreposto para exportar grandes quantidades da droga em navios com destinos para Europa e África. O Porto de Santos, o maior da América Latina, é a principal porta de saída da cocaína.

A estratégia da quadrilha é minuciosa. Os pacotes são içados para dentro dos navios por meio de traficantes disfarçados de estivadores, mas ainda há o apoio dos estivadores reais, que trabalham nos portos. A droga é presa junto ao corpo e, então, chega até os contêineres.

Contudo, como denuncia reportagem produzida pelo Portal G1, funcionários do próprio porto fazem parte do esquema criminoso. Eles acobertam a chegada dos membros da quadrilha com a droga, modificando o ângulo das câmeras de segurança e apagando as luzes, para facilitar a entrada dos traficantes no local.

Desse modo, a cocaína consegue ser camuflada nos contêineres que abrigam cargas legais. A Polícia Federal estima que, por trás dessa rota, está a maior facção criminosa do país. O grupo teria nascido em São Paulo, com atuação dentro e fora do país, e almejaria controlar todo o fluxo de distribuição da cocaína, desde sua produção, transporte, até exportação.

Observatório do Crack

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) vem acompanhando atentamente a temática das drogas junto às cidades brasileiras. Em 2011, a entidade lançou o Observatório do Crack, projeto que monitora a presença da droga no país, bem como as iniciativas municipais para sua prevenção e combate.

Uma das pesquisas elaboradas pelo projeto foca justamente nos Municípios da região de fronteira, que acabam sendo utilizados como rota para o tráfico. No material, os gestores compartilham suas principais dificuldades e revelam a estrutura existente.

Agência CNM, com informações do Portal G1

Foto: Reprodução