Brasil apresenta suas melhores perspectivas de emprego em dois anos
O Brasil tem as melhores expectativas para criar empregos dos últimos dois anos, enquanto os Estados Unidos continuam liderando as perspectivas de trabalho no continente - segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (13) no Panamá.
De acordo com a enquete da companhia de recursos humanos Manpower, que consultou 23.000 encarregados de pessoal de empresas de dez países americanos, o Brasil tem 2% de tendência líquida de criar emprego no terceiro trimestre do ano.
É a primeira vez em dois anos que o Brasil apresenta números positivos nessa sondagem, com um registro 15% superior ao de há um ano.
O Brasil chegou a ter perspectivas de criação de emprego próximas a 40% entre 2010 e 2011, mas caiu para -13% há um ano.
No país, agora, a confiança dos empresários se torna positiva depois de nove trimestres consecutivos de expectativas negativas.
Há um clima de estabilidade econômica que está propiciando a chegada de novos investimentos e a reativação dos que já existiam, disse à AFP o diretor da Manpower para a América Central e Caribe, Alberto Alesi.
Segundo ele, as principais fontes de emprego no país estarão relacionadas ao setor de serviços e construção civil.
Apesar dessa pequena melhora, o Brasil continua sendo, junto com o Peru, o que apresenta os piores números, em uma pesquisa liderada pelos Estados Unidos, com 17% de tendência líquida de criação de emprego.
Os empresários nos Estados Unidos reportam as intenções de contratação mais otimistas, com um em cada quatro empregadores, esperando aumentar seu quadro de funcionários entre julho e setembro, diz o estudo.
Esse otimismo dos empresários é mais forte no setor de turismo, onde mais de um terço de empregadores pretende contratar mais, aponta a enquete.
Depois dos EUA, em termos de expectativas de criação de emprego, vêm México (14%), Colômbia (13%), Costa Rica (12%), Guatemala (9%), Canadá (8%), Argentina (7%), Panamá (4%), Peru (2%) e Brasil (2%).
No caso do Peru, a tendência a criar empregos diminui ao nível mais fraco desde que a pesquisa começou no segundo trimestre de 2006, segundo essa enquete com margem de erro de 3,9%.
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