Bombardeio mata médicos e pacientes em maternidade no norte da Síria

30/07/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos

O hospital pediátrico de Idlib, no norte da Síria, foi atingido nesta sexta-feira (29) por um bombardeio que matou pacientes e médicos, segundo a ONG Save The Children. O local realiza cerca de 300 partos por dia e atende 1,3 mil mulheres todo mês.

Ainda não há um número oficial de mortos e vítimas, mas imagens que circulam na internet mostram partes do hospital completamente destruídas. É a primeira vez que acontece algo assim contra uma das nossas instalações na Síria, declarou a porta-voz da Save The Children, Caroline Anning. O hospital é único capacitado a fazer atendimentos de ginecologia e obstetrícia em um raio de 70 quilômetros.

Denúncias

A Associação Médica Independente da Síria disse que ao menos sete hospitais de campanha e um banco de sangue foram bombardeados nesta semana nas imediações da cidade síria de Aleppo por forças russas e pelo regime do ditador Bashar al-Assad.

A Organização das Nações Unidas (ONU) se ofereceu para controlar os corredores humanitários criados pela Rússia em Aleppo para permitir que 250 mil civis fujam da cidade sitiada. A nossa sugestão aos russos é deixar conosco o corredor humanitário criado por eles. A ONU e seus parceiros sabem o que fazer, tem experiência e é o nosso trabalho, disse o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.

Estado Islâmico

Na última quarta-feira (27), o Estado Islâmico realizou um duplo atentado na cidade de Qamishli. O ataque matou ao menos 44 pessoas e deixou outras dezenas de feridos, informou a agência de notícias estatal da Síria Sana. A cidade fica localizada em uma região que é predominantemente curda ao norte da Síria

A cidade de Qamishli fica perto da fronteira com a Turquia e é controlada principalmente por forças curdas, mas as equipes governamentais da Síria estão presentes na região e controlam o aeroporto da cidade.

IG