Após explosão em NY, mais cinco bombas são encontradas em estação de trem
Cinco bombas foram descobertas na noite de domingo (18) em uma mochila que estava escondida em uma lata de lixo em uma estação ferroviária na cidade de Elizabeth, em Nova Jérsei, nos Estados Unidos. Uma das bombas foi detonada na madrugada desta segunda-feira (19) por um robô acionado pela polícia. Não houve feridos.
A descoberta amplia o mistério sobre a autoria dos artefatos. Nenhum grupo terrorista ou extremista assumiu até agora a fabricação de bombas, que têm aparecido em algumas localidades dos Estados Unidos.
A polícia de Nova York e o FBI (polícia federal americana) prenderam cinco pessoas acusadas de terem conexão com o atentado de sábado (17), quando uma bomba explodiu em uma área comercial de Nova York, ferindo 29 pessoas.
A prisão dos suspeitos foi feita durante uma blitz, segundo informou a rede de televisão ABC News.
As autoridades policiais, que não revelaram os nomes das pessoas presas, também informaram que estão à procura de Ahmad Khan Rahami, de 28 anos, que teria sido filmado por uma câmera no local onde a bomba explodiu em Nova York (na rua 23), e minutos depois foi visto no local onde uma segunda bomba – que não explodiu – foi encontrada (na rua 27).
Segundo o FBI, Rahami é um afegão com cidadania norte-americana e deve ser considerado armado e perigoso. O homem morava em Elizabeth, onde uma outra bolsa com cinco bombas foi encontrada nesta segunda-feira.
Ao comentar a descoberta das bombas escondidas na estação de trem de Elizabeth, o prefeito da cidade, Chris Bollwage, disse que a mochila foi encontrada por dois passageiros que passaram casualmente pelo local.
Eles notaram que havia na lata de lixo uma mochila com fios soltos e com um tubo acondicionado em um saco e chamaram a polícia. O prefeito disse que a descoberta das bombas não ameaçou a segurança pública.
Conexão
As autoridades policiais dos Estados Unidos estão investigando se há conexão entre os três atentados ocorridos no espaço de apenas 12 horas em diferentes cidades americanas, no último sábado (17).
No outro atentado, nove pessoas foram esfaqueadas em um shopping center em St Cloud, uma cidade do estado de Minnesota, localizada a 1.200 quilômetros de Nova York. Um homem vestindo um uniforme de segurança privada, antes de esfaquear as pessoas, perguntava às vítimas se eram muçulmanas.
O homem que desferiu os ataques foi morto por policiais. Este caso, que não envolveu a explosão de bombas, foi o único em que o Estado Islâmico divulgou um comunicado reivindicando responsabilidade pelo ataque.
Em Seaside Park, uma pequena cidade também de Nova Jérsei, houve a explosão de um artefato pouco antes de uma maratona esportiva, em evento de caridade envolvendo milhares de corredores, em benefício das famílias de fuzileiros navais e marinheiros. A corrida foi cancelada e não houve feridos no atentado.
Embora a polícia ainda não declare o atentado do bairro Chelsea como um ato terrorista, o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, disse que explodir uma bomba em uma área movimentada de Manhattan é, obviamente, um ato de terrorismo.
Assembleia Geral das Nações Unidas
A ação da polícia e do FBI coincide com a presença de chefes de Estado de todo o mundo, que chegaram a Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas. A abertura do evento será realizada nesta terça-feira (20), com o pronunciamento do presidente brasileiro, Michel Temer.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, informou que aumentará a presença de policiais em todos os locais de Nova York. O governador Andrew Cuomo disse que, além do policiamento normal, haverá um reforço de mil soldados da Guarda Nacional do estado na área metropolitana da cidade.
Estamos aumentando a segurança em locais públicos em toda a cidade, e todos os órgãos estaduais vão permanecer em alerta, disse Cuomo em um comunicado.
Com informações da Agência Brasil e da Ansa
Ig