Após atentados em Paris, extremista comeu fritas e fumou maconha com estudantes
Poucas horas depois do início dos atentados do 13 de Novembro, Salah Abdeslam, único membro sobrevivente do comando extremista, comeu batatas fritas com estudantes na periferia de Paris e foi descrito por seus companheiros como um homem simpático.
Abdeslam deixou três homens-bomba no Stade de France e abandonou seu carro no norte de Paris. Depois passou a noite em Chatillon, subúrbio no sul da capital, onde foi encontrado seu cinturão de explosivos 10 dias depois dos ataques.
Estávamos comendo nosso hambúrguer com dois amigos quando o vimos chegar. Parecia um cara normal, que não tinha nada para fazer. Começamos a conversar, era simpático, e depois foi embora, contou Tom, de 17 anos, a um jornalista da revista francesa LObs.
O adolescente se encontrava com dois amigos nas escadas de acesso a um prédio, perto do metrô de Chatillon.
Outra testemunha explicou à cadeia de informação BFM TV que Salah Abdeslam disse que se chamava Abdel. Tinha sotaque belga. Fez com que adivinhássemos sua idade. Tinha 26 anos. Usava um casacão acolchoado, recordou.
O extremista contou aos jovens que seu carro tinha quebrado e que esperava pelos primos que iam buscá-lo pela manhã.
O grupo passou parte da noite comendo batatas fritas e fumando maconha, segundo os testemunhos relatados na imprensa.
Durante aquela noite, os adolescentes viram pelo celular os vídeos dos atentados. Ele ficou vendo o vídeo no celular de um amigo nosso e não demonstrou qualquer emoção especial. Olhava e disse que estava triste. Parecia que se deu conta do que estava acontecendo, recordou outro estudante.
Dois dias depois, os jovens viram o rosto de Abdeslam na televisão e procuraram a polícia.
Depois de quatro meses de fuga, Abdeslam foi detido em 18 de março em Molenbeek, bairro de Bruxelas, onde cresceu.
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