Aedes aegypti infectado com vírus chikungunya é encontrado no Brasil

28/06/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Um mosquito da espécie Aedes aegypti foi encontrado, pela primeira vez no Brasil, naturalmente infectado pelo vírus responsável pela febre chikungunya. A descoberta foi publicada na revista científica PLoS Neglected Tropical Diseases.

Identificado na capital sergipana, Aracaju, por uma iniciativa da Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo (Rede Zika), com o apoio de profissionais do Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen-SE), a notícia reforça as várias evidências de que o Aedes aegypti seria um dos principais vetores responsáveis por espalhar a doença e torná-la popular entre 2015 e 2016, quando um surto de chikungunya aconteceu, afetando principalmente na região Nordeste.

Até dezembro de 2016 já haviam sido registrados mais de 250 mil casos possíveis de febre chikungunya no Brasil. Mas, apesar da elevada quantidade de casos, o Ministério da Saúde ainda não tinha encontrado nenhum inseto infectado.

Pesquisa

Para realizar a análise, foram coletados, em fevereiro de 2016, mais de 200 mosquitos que circulavam em seis bairros da cidade, onde havia um registro alto de incidência dos sintomas de arboviroses, que são doenças transmitidas por artrópodes, com foco na dengue , Zika e chikungunya .

Entre os insetos capturados, 50 deles eram Aedes aegypti , e apenas um de todos os mosquitos foi constatado com o vírus da febre chikungunya. Por mais que pareça algo insignificante, os pesquisadores garantem que a descoberta sugere uma alta circulação viral e, até mesmo, uma epidemia em curso.

Chikungunya

Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode ser transmitida pelo Aedes aegypti e Aedes albopictus . Inicialmente sua circulação acontecia nos países da África e Ásia. Mas depois de 2007 o vírus se espalhou para a Europa e América, este último continente o mais recente a ser infectado.

Caracterizada pela febre acima de 39 graus, que começa sem explicação, acompanhada de dores intensas nas articulações de pés e mãos, principalmente nos dedos, tornozelos e pulsos. No entanto, cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas, segundo a pasta da Saúde.

Para combater a doença, o mais indicado é continuar com as mesmas práticas de prevenção da dengue e zika, evitando os focos do mosquito Aedes aegypti e usando repelentes em áreas de risco.

Ig